Você conhece a história sobre a chegada do café em terras brasileiras? Já ouviu falar sobre Francisco de Melo Palheta? Os portugueses chegaram a conclusão de que as terras e o clima do Brasil eram propícias para o cultivo de café, porém eles não tinham acesso a mudas ou sementes cafeeiras. A França e a Holanda mantinham o monopólio do café na época.
Dizem que precisamente no ano de 1727, um militar foi enviado a Guiana Francesa com duas missões importantes, e uma delas era adquirir clandestinamente algumas sementes e mudas de café para serem plantadas no Brasil.
Naquela época, havia uma lei francesa que proibia a venda ou até mesmo presentear rivais portugueses com sementes prósperas de café.
Os historiadores contam que Palheta chegou de mansinho, conquistando a confiança de todos, inclusive do governador de Caiena, Claude D’Orvilliers, e após resolverem as questões politicas, Palheta se aproximou da esposa do governador e assim conseguiu seduzir a senhora D’Orvilliers. E em seus momentos íntimos ele revela a ela sobre o seu desejo de conhecer e cultivar o café.
Ao chegar a hora de voltar para as terras tupiniquins, Palheta recebeu um presente da senhora D’Orvilliers, camuflado em um buquê de flores, estava uma muda de café e um punhado das melhores sementes com capacidade de germinar.
E assim, Palheta retorna ao Brasil com suas missões cumpridas, além de trazer consigo a lembrança e o coração da atraente esposa do governador de Caiena.
E graças ao jogo baixo de sedução de Palheta e a pulada de cerca da senhora D’Orvilliers, hoje estamos aqui lendo essa história e nos deliciando com um bom cafezinho, agora com aroma de história e pecados capitais.

  • Rafaela Dutra é Barista e consultora no setor, certificada na Coffee Lab e colaboradora do Botucatuonline.