A Boeing e a Embraer estudam criar uma terceira empresa de aviões para obter a aprovação do Governo do Brasil, à negociação que envolveria a linha de aviões civis, militares, agrícola, área de desenvolvimento, setor aeroespacial entre outros da Embraer.
Segundo divulgou a agencia Reuters  a Boeing pode oferecer até US$ 6 bilhões pela Embraer, se for aceito a criação dessa terceira empresa para que o Brasil, mantenha a golden share e os programas de atualização da Força Aérea Brasileira com a Saab-Gripen, da Suécia.
O valor de mercado da Embraer, segundo a agencia Reuters gira em torno de US$ 4,5 bilhões. Os acionistas da empresa receberiam um prêmio de 6,5% e 28%, considerando o valor a ser efetivamente estabelecido no negocio.
A-29 Super Tucanos USAF-photo Senior Airman Jordan Castelan
A proposta informada pela Boeing ao governo é de que manterá a Embraer como subsidiária, semelhante ao que já acontece com empresas adquiridas pela gigante americana na Austrália e Reino Unido.
Segundo revelou a Reuters, o BNDES já teria concordado com a venda, mas os militares estão céticos em relação ao negocio proposto.
“A Força Aérea é a principal fonte de resistência”, disse um assessor do presidente Michel Temer. “Os militares se opõem a qualquer separação da Embraer”. O assessor disse que Jungmann ainda não fez uma recomendação sobre o acordo da Boeing para o presidente, informou a agencia.
Segundo fontes proximas aos envolvidos no negocio, a Boeing e a Embraer querem resolver a venda o mais rapido possivel para evitar que o assunto seja discutido na campanha eleitoral para presidente.

SINDICATOS SÃO CONTRA A VENDA

Imagem: Agencia Reuters
O Sindicato dos Metalurgicos de Botucatu, São José dos Campos e Gavião Peixoto estão programando ações para divulgar posicionamento contrário a venda da Embraer.
Nesta semana aconteceu no Vale do Paraíba, pela primeira vez um encontro de sindicatos de linhas politicas diferentes em defesa da empresa.
Miguel Silva, presidente do Sindicato dos Metalurgicos informou que novos encontros acontecerão em cidades onde tem fábrica e representação da Embraer, para denunciar a desnacionalização da maior empresa de tecnologia do Brasil.