Mauricio Cunha assina o termo de posse das fabricas de Joinville, observado pela juiza Karen Francis Shubert Reimer| Foto: Salmo Duarte-Agencia RBS
Depois de superado os processos burocráticos do leilão da massa falida da antiga fabricante de ônibus Busscar, em Joinville, o Grupo Caio Induscar assumiu oficialmente três unidades fabris em Santa Catarina, onde vai produzir ônibus Rodoviários.
Uma assinatura do diretor presidente do Grupo Caio Induscar Maurício Cunha, selou a posse das unidades de Joinville (e Pirabeiraba, distrito de Joinville), além de Rio Negrinho.
A decisão permitindo a ‘imissão’ (ocupação) da posse da Busscar Ônibus pela Caio Induscar aconteceu no ultimo 30 de maio, quando a Juiza Karen Francis Shubert Reimer, estipulou o último dia 12 de junho.
A Caio Induscar pagou pelas fábricas 67,5 milhões. No ultimo dia 12, o grupo industrial transferiu R$ 9,40 milhões a vista para tomar posse nas unidades. Ainda restam R$ 57,7 milhões para serem quitados em 52 parcelas corrigidos monetariamente.

 

 Os novos proprietários da Busscar deverão começar a produção ainda neste mês, caso contrário perderão o direito de uso da marca Busscar, que está sendo reivindicada pela fábrica da Colômbia, não foi incluída no processo falimentar. 
Busscar Colômbiana, informou que pretende brigar pela marca.
A Justiça de Santa Catarina revelou que na venda da unidade de Joinville, incluía projetos, direitos de patente e a marca.
 Nos próximos 20 dias a indústria está contratando profissionais de design, engenharia, manutenção, segurança patrimonial e administrativo.
O diretor presidente da empresa destacou que novas vagas serão abertas, dependendo da demanda de ocupação e fabricação da empresa.

A nova fabricante de ônibus do grupo Caio Induscar vai se chamar Carbuss.

Em várias entrevistas aos jornais de Santa Catarina, Mauricio Cunha sinalizou que a marca Busscar vai ser mantida e se for necessário eventual pendenga será definida na Justiça.
Na visita que foi feita pelos novos proprietários e imprensa, foi observado que na  linha de montagem ainda existiam ônibus urbanos e rodoviários da antiga fabricante, que já foi a maior da América Latina, aguardando finalização.
O empresário Mauricio Cunha destacou que apesar do tempo da fabrica parada (cerca de cinco anos), muitos projetos estão atualizados e não haverá necessidade de grande mudanças nos projetos dos novos ônibus que sairão das unidades em 2018.
O jornalista Claudio Loetz, do “A Noticia” fez uma entrevista com Mauricio Cunha que detalhou como vai ser a ocupação da empresa e a produção.
AN – Qual é a expectativa após a aquisição?
Cunha – A proposta é crescer. Viemos para somar. Com o tempo, vamos multiplicar. O ato, aqui na fábrica, é um marco de recomeço. E de esperança de futuro. Agora, as chaves e a posse passam para as nossas mãos. Vamos nos dedicar muito para levar a marca Busscar ao topo, novamente. É onde a marca sempre esteve e merece estar.
AN – Passados cinco anos, sem produção, a tecnologia utilizada na fabricação de ônibus pela Busscar ficou ultrapassada?
Cunha – A Busscar sempre esteve à frente da concorrência em tecnologia e design. Ainda agora, em 2017, cinco anos depois, será possível aproveitar parte disso. A Busscar é sinônimo de qualidade. Vamos transformar e escrever uma nova história.
AN – A situação de hoje guarda alguma semelhança com a história da Caio, em Botucatu…
Cunha – Há, sim. Há 16 anos, em janeiro de 2001, assumimos a Caio, que também havia passado por falência. (com informações e fotos do jornal A Noticia)