Nesta quarta-feira, 21, o prefeito Mário Pardini (PSDB) esteve participando do I Fórum de Gestores da Unesp, Prefeitos e Deputados Estaduais, na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera.
O encontro abordou a crise orçamentária que vive a instituição de ensino e pesquisa, a crise econômica e política, além de expansão de campus e o programa de inclusão sem financiamento específico entre outros assuntos.
Os prefeitos, deputados e convidados para acompanhar a explanação do Reitor e Pró-reitores sobre a adequação da Unesp ao momento econômico, também conheceram uma pesquisa sobre o impacto econômico da Unesp nos municípios e na economia Paulista.
Mário Pardini esteve acompanhado pelos secretários Marcelo Sleiman, do Desenvolvimento e André Spadaro, da Saúde. O prefeito destacou a presença no I Fórum entre Gestores da Unesp, do “sempre presente Deputado e amigo Fernando Cury”.
Segundo a postagem do Prefeito na rede social, do campus de Botucatu estiveram os diretores da Faculdade de Medicina (e Enfermagem) Pasqual Barreti; da Faculdade Medicina Veterinária e Zootecnia, Cesar Martins e Carlos Wilcken, da Faculdade de Ciências Agronômicas.
“Além de conhecer melhor a Unesp, vamos projetar parcerias que contribuam para a nossa população”, escreveu no Facebook.
O prefeito de Botucatu e de outras cidades tomaram conhecimento da grave situação que vive a Unesp, devido a uma serie de fatores como o aumento dos campi, inclusão social e o aumento crise social e econômica e queda de arrecadação dos impostos, que influi diretamente no custeio da Universidade com mais campus instalado no Estado.
O professor Álvaro Marim Guedes, assessor da Pró-reitoria de Administração mostrou dados sobre os impactos socioeconômicos da Unesp nos municípios paulistas. O reitor Sandro Roberto Valentini falou sobre o impacto financeiro dos programas de expansão, de inclusão e de permanência estudantil, informou a Assembleia Legislativa de S. Paulo.
“A partir de 1995, a instituição cresceu quase três vezes mais do que o financiamento. Houve uma expansão muito acentuada, mas não estávamos preparados. Mal havíamos recuperado o impacto do crescimento e fizemos o terceiro ciclo de crescimento”, destacou Valentini, salientando que a Unesp apostou no planejamento de crescimento do país e do PIB, mas não se preparou para a crise.
Outro ponto tratado pelo reitor foi o impacto da absorção da folha de pagamento dos inativos.
Segundo ele, desde a autonomia das universidades, em 1989, esse problema vem consumindo a folha de pagamentos não só da Unesp, mas também da USP e da Unicamp.
“A folha de pagamentos total da Unesp chegará a R$ 175 milhões no ano que vem. Além disso, sofremos com a insuficiência provocada pela falta dos repasses. Por estes motivos, estamos nos asfixiando”, completou.
PROGRAMAS DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL E CUSTEIO SOCIAL
Em 2018, o custo dos programas de permanência estudantil chegará a R$ 70 milhões – valor que comprometerá praticamente 20% do custeio da verba da universidade, destacou na apresentação o Reitor da Unesp.
Valentini considera que se deve continuar promovendo oportunidades aos estudantes de graduação que estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica, mas apontou questões a serem resolvidas.
Uma delas é a dúvida sobre quem financiará os instrumentos de odontologia para os estudantes carentes de Araçatuba.
“Nós estamos fazendo a inclusão e isto está afetando até cursos em que normalmente a condição socioeconômica dos alunos é alta. Entregamos um documento ao governador mostrando o impacto do projeto de inclusão que foi solicitado”, destacou.
DEPUTADOS SE POSICIONAM SOBRE UNESP
Roberto Massafera (PSDB) destacou a importância da instituição para a sociedade e disse que tem consciência de que os aposentados configuram uma questão a ser resolvida. Davi Zaia (PPS) considerou extremamente importante o debate.
“A partir da transparência da exposição da crise, temos noção da situação real e dos problemas que temos pela frente”, declarou.
“Temos que criar uma comissão, composta por deputados, representantes da Unesp e agentes do governo, para resolver estas questões, entendendo os erros e gargalos da situação para traçar os caminhos” disse Fernando Cury.