Reportagem do jornal Diário Comercio Industria e Serviços publicou há algumas semanas uma materia sobre empresa de tecnologia de Botucatu que desenvolveu um sistema seguro de automação para projeção de filmes em cinemas. A Consciencia Tecnologia é uma empresa que tem sede em Botucatu e filial em São Paulo.
De acordo com a publicação, fundada há 25 anos por Marco Mezzena, a Consciência Tecnologia nasceu em Botucatu, na primeira onda de inovação tecnológica que invadiu o País, quando o universo dos softwares ainda era algo praticamente desconhecido.
O próprio nome da empresa foi inspirado, segundo seus criadores, no espírito que norteava a demanda por uma tomada de consciência de que ali estava o futuro de um mundo que acelerava rumo a muitas mudanças.
Voltada inicialmente ao desenvolvimento de software para gestão de empresas funerárias e de alguns pequenos estabelecimentos comerciais da região, foi se voltando cada vez mais para o setor varejista e a indústria, até transformar-se, hoje, em uma das principais fornecedoras de serviços de gestão para o setor de entretenimento, em especial, o de administração de cinemas.
A versatilidade de seu campo de atuação, que já passou por diversos ramos da indústria e do comércio, é vista com naturalidade pelo diretor Bruno Mezzena, filho do fundador da empresa, para quem ela se deu de forma orgânica, “à medida que o segmento de funerárias ficou mais restrito a um pequeno grupo de grandes empresas, que ainda trabalham conosco, e o de cinemas foi ocupando cada vez mais espaço no nosso negócio”.
40% DO MERCADO
Ele conta que o foco nesse segmento de entretenimento começou a se fortalecer a partir de 2015 e que, atualmente, a Consciência Tecnologia é detentora de aproximadamente 40% do mercado de automação dos cinemas de praticamente todo o Brasil.
“Estamos em mais de 1.000 salas de cinemas nas principais capitais e grandes cidades, e com probabilidade de expansão internacional”, ressalta. Os sistemas desenvolvidos pela empresa vão desde a venda de ingressos on-line até a gestão da comercialização das bombonieres das redes e das equipes que ali trabalham.
O crescimento da empresa levou a família, até hoje dona do negócio, a dividir suas atividades entre Botucatu, onde permaneceram as áreas de desenvolvimento de tecnologia, documentação e suporte, e São Paulo, cuja sede abriga as áreas de consultoria, comercial e de marketing. “Desde São Paulo, temos mais agilidade para chegar a qualquer lugar do País”, diz Bruno Mezzena, que comanda com seu pai uma equipe de 60 funcionários.
A necessidade de aumentar a segurança e a agilidade de seus sistemas de gestão, em tempos de ameaças permanentes aos sistemas informatizados de todo o mundo, levou a Consciência Tecnologia a procurar a Desenvolve SP, em busca de um financiamento para a implantação de uma plataforma mais moderna que a atual. Foi assim que nasceu a Vegas, já em operação, e considerada uma das mais seguras ferramentas de seu nicho. “Foi uma evolução de nossa antiga tecnologia, que nos permitirá atender às demandas dos planos de expansão”, acrescenta.
Como em toda atividade ligada à tecnologia de informação, a segurança dos sistemas é um dos pontos cruciais de todo o desenvolvimento dos processos. A Consciência, nesse quesito, não poupa recursos. De acordo com Marco Mezzena, diretor-geral da empresa, a segurança efetiva de todo o trabalho começa na configuração de mais baixo nível da infraestrutura e nos hábitos de seus usuários.
Para ele, qualquer tecnologia ou mesmo procedimentos são insuficientes se as regras de segurança não estão definidas e impostas, os acessos básicos devidamente protegidos, as ferramentas de antivírus ativadas e os backups realizados e guardados, seja em infraestrutura própria, na nuvem, no desktop particular ou no celular.
E em um setor em que a fraude e a falsificação são ameaças constantes, a empresa conseguiu ser elogiada pelos parceiros das operadoras “pelos baixíssimos índices de fraude nas vendas de ingressos”, como explica Bruno. “Temos um departamento exclusivo para detectar fraude, que em um negócio como as bilheterias de cinemas, com seus tíquetes médios de baixo valor, seria um problema sério”, afirma.
(as informações são jornal DCI – Diário Comercio e Industria)