Aldemir Bendine foi presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás e é apontado como beneficiário de corrupção com Odebrechet
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (27/7) a 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Há mandado de busca e apreensão na residencia do ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine, em Conchas.
O ex-presidente do Banco do Brasil e ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine foi preso em Sorocaba, no condomínio onde reside, no bairro do Campolim.
A residencia do ex-executivo da Petrobrás e Banco do Brasil em Conchas também foi incluida na operação. Há informações de que Aldemir Bendine estava preparando fuga do Brasil. Ele tinha passagens só de ida para Portugal, nesta sexta-feira, 28.
Duas viaturas da Polícia Federal descaracterizadas entraram no condomínio por volta das 5h45 e foram direto para a casa do Aldemire saíram por volta das 8h45.
A ação policial tem como alvo principal a investigação de ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, bem como de pessoas a ele associadas, pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, dentre outros.
Segundo as investigações realizadas até este agora, o ex-presidente  e pessoas a ele relacionadas teriam solicitado vantagem indevida em razão dos cargos exercidos para que o Grupo Odebrechet não viesse a ser prejudicado em futuras contratações da Petrobrás.
De acordo com o Ministério Público Federal, há evidências de que Bendine solicitou R$ 17 milhões de propina na época em que comandou o Banco do Brasil (2009-2015) para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial. Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, executivos da empreiteira que fecharam acordo de delação premiada, afirmaram que negaram a solicitação por acharem que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato.
Em troca, o grupo empresarial teria efetuado o pagamento em espécie de ao menos R$ 3 milhões. Aparentemente, estes pagamentos somente foram interrompidos com a prisão do então presidente do Grupo Odebrechet.
Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição do juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.
BRASÍLIA/DF:
2 mandados de busca e apreensão
SÃO PAULO/SP:
1 mandado de prisão temporária
4 mandados de busca e apreensão – (2 em São Paulo, 1 em Sorocaba e 1 em Conchas)
RIO DE JANEIRO/RJ:
1 mandado de busca e apreensão
PERNAMBUCO/PE:
2 mandados de prisão temporária 4 mandados de busca e apreensão – (3 em Recife e 1 em Ipojuca)

 

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(com informações da Policia Federal e Jornal Cruzeiro do Sul/Sorocaba)