As emissões globais de gases de efeito estufa precisam cair 43% até 2030 em relação aos níveis de 2019 para que ainda seja possível limitar o aquecimento médio global a 1,5 °C, o limite mais ambicioso do Acordo de Paris. A informação está na página 12 do guia "Financiando o Futuro – Acordo de Paris: Um guia para os perplexos", que destaca que essa trajetória de redução é essencial para afastar a possibilidade de colapso climático e estabilizar a temperatura do planeta.
O documento também ressalta que, embora a ciência já tenha alertado há décadas sobre a urgência de agir, as emissões continuaram crescendo. As quedas temporárias durante a pandemia de covid‑19 não alteraram a tendência. Em 2021 e 2022, os níveis de emissão voltaram a subir, segundo o relatório na mesma página, contrastando com a redução profunda exigida para atingir os objetivos do Acordo de Paris.
O compromisso global firmado em 2015, que completou uma década em 12 de dezembro de 2025, é descrito como uma reforma urgente da economia mundial para evitar o colapso do sistema climático. Ainda assim, a publicação alerta, na página 10, que as ações adotadas até agora não correspondem à ambição científica necessária, e que a janela para uma transição efetiva se fecha rapidamente.
Para Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), os dados, como o corte de 43% até 2030, representam um chamado à ação do setor privado e da sociedade civil. Ele defende que metas globais devem ser transformadas em planos concretos nas empresas e nas comunidades.
"A ciência mostrou onde precisamos chegar, e agora é hora de transformar metas em políticas e ações concretas no cotidiano de empresas, governos e cidadãos. Cada fração de grau evitada representa vidas, economias e futuros preservados, e essa é a verdadeira medida de sucesso que buscamos", afirma, sintetizando a urgência de uma agenda climática que una ambição e execução.














