IBRACEM lança modelo de avaliação de risco climático com IA
IBRACEM lança modelo de avaliação de risco climático com IA

O Instituto Brasileiro de Certificação e Monitoramento (IBRACEM) anuncia o lançamento do seu modelo nacional de avaliação de riscos climáticos, uma tecnologia que combina dados públicos oficiais, inteligência artificial, análise territorial, modelagem multivariada e Open Source Intelligence (OSINT) para avaliar, de forma assertiva e em larga escala, a exposição de empresas brasileiras a eventos climáticos severos.

A iniciativa amplia o monitoramento de riscos corporativos e reforça o protagonismo brasileiro no fortalecimento da governança climática e na implementação de políticas nacionais de finanças sustentáveis, alinhada aos compromissos globais debatidos na COP30.

A solução desenvolvida pelo IBRACEM transforma um processo antes complexo, em uma análise automatizada, rápida e acessível, capaz de identificar vulnerabilidades e apoiar estratégias de mitigação e adaptação.

A partir do número do CNPJ, a plataforma cruza e analisa informações sobre atividade econômica principal e atividades secundárias, de acordo com a Taxonomia Verde da FEBRABAN e localização geográfica, aplicando um modelo de inteligência artificial capaz de avaliar 11 tipos de riscos físicos climáticos e modulando o nível de risco de acordo com o porte de cada empresa.

O resultado é uma classificação objetiva de risco (Baixo, Médio, Alto, Crítico ou Extremo), apresentada em relatórios executivos e planilhas estruturadas, possibilitando análises de mitigação e estratégias de adaptação. O projeto integra o ecossistema do YBRAX, iniciativa de inovação aplicada originada no IBRACEM, dedicada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas em governança, ESG e integridade corporativa, reforçando o compromisso institucional com transparência, sustentabilidade e impacto positivo.

O modelo já foi amplamente adotado e validado por grandes companhias, como a STONE, que destacou em seu Relatório de Sustentabilidade 2024 (pág. 87) a parceria de mais de cinco anos com o IBRACEM e a avaliação de riscos climáticos realizada em mais de 8 mil fornecedores e parceiros de negócios.

Com o objetivo de incentivar e acelerar a adoção de práticas sustentáveis, o IBRACEM disponibilizará condições subsidiadas até dezembro de 2025 para que empresas de todos os portes possam avaliar os riscos climáticos de suas cadeias de fornecedores e parceiros.

A ação fará parte de uma rede de colaboração com entidades de referência em ESG, como o Instituto ETHOS, um dos principais protagonistas na promoção da integridade corporativa e da sustentabilidade empresarial, que é parceiro estratégico do IBRACEM desde 2018.

A meta é avaliar até 200 mil empresas ainda em 2025, ampliando o alcance da sustentabilidade corporativa e fomentando engajamento e inclusão no contexto da COP30, ao mesmo tempo em que incentiva grandes corporações a avaliarem suas cadeias de fornecedores.

O movimento fortalece um ecossistema de responsabilidade socioambiental, cujos resultados poderão ser divulgados nos Relatórios de Sustentabilidade de 2026.

Com esse avanço, o IBRACEM reafirma sua missão institucional de tornar o ESG acessível, mensurável e financeiramente viável, conectando inovação tecnológica, impacto social e sustentabilidade econômica.

Parte dos recursos arrecadados com as avaliações subsidiadas será destinada à dotação orçamentária da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), conforme previsto no artigo 8º, inciso III, do Decreto Federal nº 12.705/2025 de 31/10/2025, contribuindo para o fortalecimento da governança e do financiamento das políticas nacionais de finanças sustentáveis.

O valor remanescente será aplicado no aperfeiçoamento contínuo da modelagem técnica, com foco nas seguintes melhorias:

  • Substituição da Taxonomia Verde da FEBRABAN pela Taxonomia Sustentável Brasileira.
  • Expansão da modelagem com a integração de novos indicadores de riscos e impactos climáticos, incluindo o Indicador de Capacidade Municipal em Proteção e Defesa Civil (ICM-PDC), composto por 20 variáveis distribuídas em três dimensões, que mensuram a evolução da capacidade municipal em ações de gestão de riscos e desastres.
  • Aumento exponencial da capacidade de processamento, que permitirá análises em maior escala e com menor custo, viabilizando um novo patamar de sustentabilidade acessível.
  • Redução de impactos com recomendações estratégicas para reduzir os impactos climáticos decorrentes das atividades econômicas, adaptadas à realidade de cada setor e porte empresarial, incentivando engajamento institucional e adoção de boas práticas ESG.
  • Mitigação e continuidade dos negócios com recomendações de mitigação ajustadas ao contexto e porte de cada empresa, promovendo maior conscientização e fortalecendo a resiliência operacional e a capacidade de resposta, garantindo continuidade dos negócios.

Essas ações fortalecem o papel do IBRACEM como organização comprometida com a transparência, a inovação e a sustentabilidade, contribuindo para o avanço da governança aberta e das finanças sustentáveis no Brasil, e reforçando o protagonismo do país na agenda climática global.

Reconhecido pelo Ministério da Justiça como Entidade de Interesse Público desde 2015, o IBRACEM já realizou mais de 230 milhões de análises de riscos de compliance e ESG, além de 7,5 milhões de certificações e verificações de empresas no Brasil e 15 mil no exterior.

Com mais de 4.000 parceiros corporativos, entre eles mais de 100 grandes empresas e multinacionais, é responsável pela avaliação, certificação e monitoramento de riscos em cadeias de fornecedores e parceiros de negócios, fortalecendo a integridade, a transparência e a sustentabilidade empresarial em toda a cadeia produtiva, e promovendo uma cultura de governança responsável e comprometida com o desenvolvimento sustentável.

No âmbito institucional, o IBRACEM é integrante do Grupo de Trabalho do 6º Plano de Ação Nacional do Governo Aberto e membro convidado do Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção (CTICC) da CGU, com participações na XXI Reunião Plenária da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) e em seminários do Grupo de Trabalho de Monitoramento, Relato e Verificação da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), coordenado pelo Ministério da Fazenda e BNDES.