JusDinâmico utiliza IA para modernizar o Direito brasileiro
JusDinâmico utiliza IA para modernizar o Direito brasileiro

O avanço das tecnologias de inteligência artificial (IA) tem impactado diferentes setores da economia. No campo jurídico, por exemplo, a necessidade de precisão, responsabilidade e respeito às normas éticas tornaram o desenvolvimento de soluções digitais voltadas à advocacia uma tarefa complexa.

Nesse cenário, a plataforma JusDinâmico, pertencente ao ecossistema de soluções jurídicas do Grupo Adali, anuncia o lançamento da ferramenta Dinâmico IA, uma inteligência artificial proprietária desenvolvida especialmente para atender às demandas reais da rotina jurídica brasileira.

Treinada com um amplo conjunto de dados e com a capacidade de validação de leis dentro da jurisprudência consolidada, súmulas, legislações e doutrinas atualizadas, além de instruções normativas e documentos públicos, a ferramenta tem como objetivo refletir padrões linguísticos e argumentativos típicos do Direito brasileiro.

"O resultado é uma IA que pode entender não apenas o que escrever, mas também como um advogado brasileiro escreve, argumenta e estrutura seu raciocínio jurídico, cuidando da individualidade de cada caso", explica Gian Nunes, cofundador do Grupo Adali e especialista em tecnologia.

A advogada Priscila Pinheiro, CEO do Grupo Adali, ressalta que o principal desafio no desenvolvimento da solução foi equilibrar tecnologia avançada com rigor jurídico.

"Enquanto a maioria das IAs é treinada para responder amplamente a diversos temas, o Dinâmico IA pode compreender não apenas a linguagem jurídica, mas também as implicações éticas e técnicas jurídicas", afirma.

Segundo ela, garantir que o sistema se limitasse ao ordenamento jurídico brasileiro exigiu uma curadoria rigorosa de fontes, evitando qualquer influência de legislações estrangeiras.

"O treinamento da ferramenta foi estruturado a partir de bases jurídicas nacionais selecionadas, como decisões judiciais de diferentes tribunais, doutrinas, códigos legais e modelos de peças utilizadas na prática forense", comenta.

Para assegurar que o sistema trabalhe apenas com informações nacionais, a equipe adotou uma arquitetura de modelo fechado e especializado que deixa de buscar respostas em conteúdos genéricos ou na internet. Dessa forma, toda a base é composta por materiais validados e atualizados, com recortes específicos da legislação brasileira.

"Essa especialização pode evitar a contaminação por informações irrelevantes ou conflitantes, problema comum em modelos generalistas. Além disso, o uso da IA é exclusivo para advogados, buscando garantir que haja validação final do profissional", destaca Nunes.

Recentemente, a OpenAI, responsável por modelos como o ChatGPT, alterou suas políticas de uso para impedir que suas ferramentas fossem utilizadas em diagnósticos médicos ou orientação jurídica personalizada, áreas que exigem licença profissional. Para a CEO do Grupo Adali, a decisão evidencia a necessidade de tecnologias especializadas, capazes de atender às exigências de setores regulados sem comprometer a segurança dos usuários.

"Na prática, o Dinâmico IA se posiciona como um recurso que é capaz de ampliar as capacidades do advogado, sem substituí-lo. Por isso, nosso compromisso segue firme com a ética, a técnica e o respeito à atuação jurídica", afirma Pinheiro.

Os próximos passos envolvem a expansão das funcionalidades da plataforma com recomendações de estratégias com base em casos semelhantes, otimização da experiência do chat jurídico e utilização da base interna de propriedade intelectual de cada escritório.

"A meta é tornar o Dinâmico IA mais completo, um verdadeiro copiloto jurídico que acompanha o advogado desde a triagem do caso até a conclusão de um recurso", conclui Nunes.

Para saber mais, basta acessar: https://jusdinamico.com.br/