O PSDB de Botucatu emitiu nota sobre a polêmica expulsão ‘monocromática’ de João Cury Neto do partido dos Tucanos, por ter aceito o convite do Governador Márcio França, para assumir a Secretaria de Educação, na ultima sexta-feira. A posse de João Cury vai acontecer às 15 horas desta quinta-feira, no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo André Barbosa Curumim, presidente do PSDB, os tucanos de Botucatu ficaram surpreendidos com a decisão autoritária de Pedro Tobias, que não consultou a executiva, conselho de ética e aplicou a punição por suposto apoio de Cury a França como candidato a governador paulista. Tobias diz que os tucanos devem votar em João Dória.
Em Botucatu, apenas Izaias Colino, entre os vereadores se manifestou. O prefeito Mário Pardini também não se manifestou.
A aplicação da punição atingiu apenas o botucatuense João Cury Neto, em detrimento a outros três tucanos que estão no Governo do PSB de Márcio França e não foram expulsos: Marcos Monteiro, no Desenvolvimento Econômico, Clodoaldo Pelissioni, dos Transportes Metropolitanos e Saulo de Castro, na Secretaria de Governo.
Se a regra valer para outros tucanos, o dirigente da legenda e prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Junior deverá ser o próximo, pois ele teria declarado apoio a Márcio França e o vice-prefeito daquela cidade, Beto Vidoski apoio a João Dória. França esteve há alguns dias na festa de aniversário de 25 anos do filho de Auricchio Junior, que será candidato a deputado
Confira a nota emitida pelo PSDB de Botucatu
É com grande surpresa que o PSDB Botucatu recebe a decisão solitária do Presidente Estadual do partido Pedro Tobias, de expulsar o ex-prefeito de Botucatu João Cury Neto.
João tem uma história vitoriosa no partido, tendo sido prefeito por dois mandatos da cidade de Botucatu (2009-2016) e presidente da Fundação para Desenvolvimento da Educação (FDE) (2017-2018) à convite do governador Geraldo Alckmin, tendo trazido, em ambos os cargos, significativos resultados positivos amplamente conhecidos e, por tais resultados, convidado a ser Secretário Estadual de Educação.
Também muito nos causa estranheza outros filiados ao PSDB que se mantiveram ou comporão o governo nessa etapa não terem o mesmo tratamento por parte do Presidente Estadual.
Essa decisão monocrática, que não ouviu o Diretório local do qual o ex-prefeito é membro, não ouviu a Executiva ou Diretório Estadual abre um perigoso precedente de expulsões sem direito ao contraditório e ampla defesa, apenas por vontade do Presidente Pedro Tobias.
A justificativa do Presidente Estadual Pedro Tobias foi de ‘irrefutável transgressão ética’ citando os incisos III e V do artigo 15 do Estatuto, ocorre que a alegada transgressão não foi sequer apresentada ao Conselho de Ética, tendo sido decidida única e exclusivamente pela vontade do Presidente Estadual.