Empresas vão além dos negócios para virar um ecossistema de esportes
Empresas vão além dos negócios para virar um ecossistema de esportes

O esporte tem sido, cada vez mais, uma poderosa ferramenta de integração e inclusão social. Com benefícios inúmeros, como a melhora da qualidade de vida e atuando na prevenção de doenças como ansiedade e depressão, as atividades físicas têm despertado à atenção de empresas preocupadas com o bem-estar da sociedade.

Para além do incentivo aos eventos esportivos, corporações estão lançando o seu próprio ecossistema de esportes. Em 2022 a Weclix realizou diversos eventos que fomentaram o esporte, como corrida de rua, torneio de tênis, beach tennis e FIFA 22. O presidente da provedora, Fabricio Kameyama, explica que as provas da Weclix Run Series, bem como as demais modalidades desportivas que a marca está levando para as cidades do interior do estado de São Paulo, fazem parte do ecossistema de esportes que a Weclix lançará ainda em 2023: o Weclix Sports.  “Além de conectar as pessoas ao mundo digital, a nova marca que nasce no grupo tem o propósito de conectar as pessoas ao mundo real, à prática do esporte e à saúde física e mental”, explicou Kameyama.

No contexto atual, há em torno das organizações uma preocupação que ultrapassa o objetivo lucratividade. Segundo uma pesquisa recente publicada pela ReportLinker, mostrou que o setor de eventos esportivos está experimentando um crescimento significativo. Estima-se que o mercado de eventos esportivos global deverá alcançar US$ 28,6 bilhões em 2023, crescendo a uma taxa anual de crescimento (CAGR) de 9,3% entre 2018 e 2023. O crescimento está sendo impulsionado pelo aumento da conscientização dos benefícios da realização de eventos esportivos, o crescimento da economia global e o aumento do investimento em eventos esportivos.

Corrida inclusiva

Cerca de 504 atletas inscritos participaram no dia 26 de fevereiro, da 2ª edição da Weclix Run Series, promovida pela provedora de internet fibra óptica Weclix. As ruas de São José do Rio Preto ficaram repletas de competidores profissionais, crianças, jovens, idosos e mais de 20 atletas da categoria Pessoas com Deficiência (PCD) para as provas de 5 e 10 quilômetros. Além de promover a inclusão, a corrida teve o propósito de fomentar o esporte nas comunidades.

A competição reuniu histórias emocionantes de superação e conquistas, como a do Gabriel Donegar de 18 anos, que possui paralisia cerebral. O pai dele José Antônio de Donegar, de 43 anos, conta que eles começaram na categoria em 2010. “Recebemos um convite de um amigo que já era atleta e logo iniciamos nossa participação em competições. Meu filho sempre amou o esporte, mas não tinha controle dos membros. Com o esporte o Gabriel ganhou firmeza no tronco, alegria e mais qualidade de vida”, contou.

Quem também comemorou a participação na corrida foi o Beto Tavares de 52 anos. Ele contou que foi uma grande realização poder correr ao lado da filha Allanis Tavares de 21 anos. Ela nasceu com a síndrome de Pitt-Rogers-Danks, doença rara que causa atraso do crescimento pré e pós-natal e atraso mental. “Eu cheguei a chorar na largada, é uma emoção muito grande. Tudo que nós pais fazemos é pelos nossos filhos, então cada esforço vale a pena”, disse.

E teve quem não escondeu a empolgação. Evellyn Roberta de Oliveira, de 7 anos, participou da prova de 5Km em um triciclo adaptado para corrida, assim como Gabriel e Allanis, que foi guiado pelo pai, Wellington Roberto de Oliveira, de 38 anos. “A Evellyn tem a Síndrome de Cockayne, um distúrbio raro, autossômico recessivo, de patogênese desconhecida com prejuízo no crescimento e disfunção progressiva neurológica. Correr com ela é poder mostrar que a corrida é de fato um esporte para todos”, comentou Wellington.

Murilo Dias Bitencourt, de 40 anos, correu 10km na companhia do seu guia Cássio Gonçalves, de 37 anos. Para Cássio, a iniciativa foi uma demonstração de carinho e dedicação com os atletas especiais. “Começamos a correr juntos há quase um ano. O Murilo sempre correu na esteira, mas o ano passado começamos a correr pelo menos duas vezes por semana na rua, e a participar de provas pelo menos uma vez por mês. Recentemente participamos da São Silvestre e seguiremos com o ritmo para colecionar resultados e experiências”, concluiu Cássio.

Anderson Cruz, de anos 40 anos, é atleta profissional há mais de 15 anos. Ele ficou em 1º lugar na prova de 5km. Pare ele as competições da região são oportunidades para se preparar, especialmente, para provas internacionais, como é o caso da Maratona Internacional de São Paulo. “Conquistar um título em meio a um volume alto de treino se torna difícil, mas não impossível. Fiquei muito feliz em finalizar a prova com apenas 15:39. A qualidade e organização do evento foram incríveis, todos estão de parabéns”, comemorou.