Domingo.
Manhã de outono. Bem fresquinha.

A rotina do acordar, higiene, café da manhã, plantinhas e Baú do Fofat.
Um programa de rádio, de flashback musical, que reúne ouvintes de vários lugares e, muitos deles, amigos queridos.

Pintar  na varanda, ouvindo música, foi uma deliciosa viagem.
Vieram histórias bárbaras na memória, “retratos e canções” , emoções e aventuras.

Senti saudades, senti amor, dei risada sozinha e até umas lagriminhas escaparam.
Foi bem gostoso.

Resolvida a ter um domingo bem normal, um domingo nublado e sem piscina, fui ao mercado Magu, no meu bairro.
Tãotão bom entrar lá.
São meus amigos de anos, família fraterna mesma.
Quinze minutos de prosa, seguindo todas as regras inclusive com termômetro digital ao entrar.
Renovei as energias boas.
E comprei umas latas de cervejas pra curtir.

Preparei meu almoço, macarrão com brócolis, bem devagar.
Caprichei mesmo, pensando nos meus filhos que são fãs desse prato.

Tudo fica melhor quando direcionamos nossos pensamentos pro que é bom.
E, vamos combinar, tem muita memória bacana guardada dentro de nós.
Nem precisa cavocar muito.

Agora já é final da tarde.

Vendo tv fiquei a par de mais algumas sandices do eleito. Passeando por Brasília, causou aglomeração e, BA-BA-CA que é, continua a defender o fim do isolamento social.
Deveria ser preso.

Também soube que o ministro da saúde peitou ele ontem. Afinal é ele o técnico né?

E assim, hoje, temos 136 mortos e 4256 contaminados no Brasil.
Números que poderiam ser muito maiores se a maioria da população não tivesse aderido ao #fiqueemcasa.

A Itália tem o número mais alto de mortos e a  Espanha é a segunda nessa triste estatística no continente europeu.

Nos Estados Unidos o corona vírus também está fazendo estrago.

O Papa, incansável!, tem tentado dar conforto espiritual e esperança.

Mas na Índia, pobre e super populosa, a situação das pessoas é de cortar o coração.

Seja em que país for, a pandemia tem o efeito de mostrar, mesmo aos que insistem em não enxergar, a chaga social da miséria, falta de habitação, de educação, de saneamento e de condições de trabalho.

Parece que essa será a grande lição que levaremos desse estranho ano de 2020: não estamos sozinhos e devemos ter a humanidade de olhar o próximo como nosso igual.

Por favor, fique em casa.
Não dê ouvidos aos falsos Messias metidos a super-heróis.
Ouça a voz da ciência.
Seja cidadão.
Honre o esforço dos que estão trabalhando nas ruas e hospitais por nós.

#fiqueemcasa