A Defesa Civil de Botucatu divulgou nesta semana uma cartilha com orientações sobre “cabeça d’água”, fenômeno que afeta rios e cachoeiras e pode arrastar pessoas, animais e até veículos.

“Cabeça d’água é uma grande e inesperada correnteza de água com força”, explica o documento com uma série de recomendações. A elevação repentina do nível da água acontece devido à ocorrência de chuva, muitas vezes em trechos distantes do manancial.

“Em caso de cabeça d’água, saia imediatamente do rio ou cachoeira e procure um local alto e seguro. Este fenômeno apresenta na água uma alteração de volume, cor e velocidade”, aponta a cartilha.

Segundo a Defesa Civil de Botucatu, “diferentemente de clubes, o ambiente natural não é controlado, por isso é fundamental que o visitante esteja ciente de que há riscos inerentes a esses espaços e adote condutas que reduzam a chance de ser pego de surpresa”.

“Os lugares mais sujeitos à cabeça d’água são trechos de rio com encostas íngremes e afastados das nascentes, onde o nível da água tende a subir mais com o aumento da vazão”, detalha o alerta.

Segundo o coordenador do órgão municipal, Lucas Trombaco, em algumas cachoeiras de Botucatu o fenômeno inspira mais preocupação, já que o fácil acesso costuma atrair maior número de banhistas.

“A cachoeira da Pavuna, a cachoeira da Indiana, a Véu da Noiva, a cascata da Marta e a cachoeira da Canela, são as mais frequentadas, mas existem algumas que ficam escondidas e que é preciso ter cuidado também”, comentou Lucas.

Em dezembro de 2021 uma mulher morreu após ser atingida por uma cabeça d’água que se formou no Rio da Bocaina, em Botucatu.


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