A Vigilância Ambiental em Saúde realizou neste mês de janeiro a atividade de Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que tem por objetivo medir o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti em sua fase larvária e identificar quais são os recipientes existentes nos domicílios que estão se tornando criadouros deste inseto.

O ADL apontou que 5,4% dos imóveis trabalhados estavam com larvas de Aedes aegypti. Este índice representa risco de transmissão, pois a classificação proposta pelo Ministério da Saúde é de que, no caso de menos de 1% dos imóveis avaliados estiverem com larvas, o resultado é satisfatório. Se o apontado for de 1 a 3,9% dos imóveis, representa sinal de alerta e acima de 4% risco de transmissão das arboviroses como a dengue, Chikungunya e Zika vírus.

A região norte apresentou um índice de 3,33%, a sul 6,14%, a região leste 4,67% e região a central/oeste 7,5%.

Chuvas frequentes, temperaturas elevadas, combinadas com a grande oferta de recipientes existentes nos domicílios, em condições de acumular água parada, tem favorecido a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

“Quanto maior o índice de infestação do Aedes aegypti, maior é a chance de circulação das arboviroses no município. Em 2022, foram confirmados dois casos importados de dengue. Portanto, precisamos estar atentos e tornar o ambiente impróprio à proliferação de mosquitos”, afirmou Valdinei Campanucci, Supervisor de Serviços de Saúde Ambiental e Animal.

A pesquisa larvária identificou que 75% dos criadouros encontrados pelos agentes eram recipientes que faziam parte da estrutura da edificação ou úteis mal armazenados acumulando água parada. Os outros 25% foram recipientes sem utilidade que não foram armazenados e/ou descartados adequadamente.

Principais criadouros de mosquitos identificados no ADL:

•          Calhas e ralos: realizar limpeza e manutenção adequada para um bom escoamento d’água;

•          Caixas d’água e outros reservatórios: mantê-los bem vedados de forma a evitar que o mosquito tenha acesso;

•          Vasos sanitários e caixas de descarga com pouco uso: dar descarga ao menos duas vezes por semana e se possível mantê-los vedados;

•          Pratos de plantas: o ideal seria removê-los ou mantê-los furados de forma a não acumular água da chuva;

•          Brinquedos, latas, potes, entre outros utilizáveis: mantê-los organizados em local coberto de forma a não acumular água da chuva;

•          Bebedouros de consumo animal: não basta trocar a água do recipiente, é preciso esfregá-lo com bucha e sabão ao menos duas vezes por semana;

•          Pneus: mantê-los abrigados e/ou cobertos de forma a não acumular água parada;

•          Materiais inservíveis (latas, potes, plásticos, sucatas, entre outros): armazená-los ao abrigo da chuva até o seu descarte correto.

 

Comunicação