Botucatu recupera gradativamente o fôlego econômico com a retomada das atividades produtivas. Isso reflete diretamente na balança comercial, que obteve saldo positivo de 240 milhões de dólares no primeiro semestre deste ano.

Entre janeiro e junho de 2021 as exportações registraram total de US$ 284,373 milhões, segundo dados da Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério da Economia.

Valor representa alta de 123% na comparação com o mesmo período de 2020, que acumulou 102,570 milhões de dólares em exportações. No acumulado foram enviadas 61,993 toneladas de produtos ao exterior. Tais meses englobaram o auge da pandemia de Covid-19 e a adoção de medidas de restrição a circulação de pessoas, bem como das atividades econômicas.

Já as importações mantiveram a estabilidade no comparativo entre os dois intervalos pesquisados. Em 2021  o município comprou o equivalente a US$ 44.323.045, valor 0,24% maior do que o acumulado no primeiro semestre do ano passado, que as empresas adquiriram US$ 44.216.700.

Segundo a Camex, Botucatu está na 21ª colocação no ranking dos municípios com maior volume de exportação em todo o Estado. O acumulado representa 1% de todos os produtos enviados aos principais mercados internacionais. Em nível nacional, Cidade é a 96ª que mais exportou neste primeiro semestre, equivalendo a 0,2% do total brasileiro.

Os principais mercados de destino dos produtos botucatuenses são liderados pela China com 56,2% do total, seguida pelos Estados Unidos (18,8%), Tailândia (4,05%), Irã (3,83%), Chile (4,15%) e Vietnã (3,65%), Argélia (1,46%), Canadá (1,29%), Itália (1,15%) e Peru (1,11%). Os demais países da América do Sul possuem valores inferiores a 1%.

Entre os produtos com destino ao exterior, a soja concentra 71% das vendas, seguida por partes de veículos e aparelhos (11%), carrocerias para veículos automóveis (4,4%), painéis de fibras de madeira (4,4%), produtos de origem animal (2,9%) e ônibus e relativos (1,3%).

Os Estados Unidos, por outro lado, são o principal mercado de importação dos produtos com 42,7% das importações feitas entre janeiro e junho. A Espanha (9,62%) é o segundo principal mercado fornecedor, seguida por França (9,36%), México (7,75%), China (7,46%), Alemanha (5,61%), Suécia (5,40%) e Canadá (3,99%).

Contrapondo, as maiores compras ficaram mais pulverizadas em produtos de suporte a indústria, onde as maiores entradas foram referentes a peças de veículos (22%); fios, cabos e condutores (5,2%); torneiras e válvulas (4,8%); chassis com motor (4,8%); revestimentos de plásticos (4,8%); chapas e tiras de alumínio (3,6%); produtos químicos para indústria (3,6%); motores de pistão automotivo (2,6%) e papel (2,6%).

 

Jornal Leia Notícias – Flávio Fogueral