Diversos moradores de Botucatu estão relatando que estão sendo convidados a participar de uma falsa pesquisa sobre a Covid-19, supostamente realizada pelo Ministério da Saúde, desta vez já perguntando sobre os sintomas daqueles que foram vacinados na Vacinação em massa na Cidade, neste domingo, 16.

Essa falsa pesquisa tem sido usada como isca para clonar contas de WhatsApp via ligação telefônica. Casos similares já foram registrados em vários estados do Brasil e a Polícia Civil realiza investigações em diferentes localidades.

O Ministério informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que neste momento não existem pesquisas feitas pela pasta para acompanhamento de casos de Covid-19 em andamento. Também alerta que não solicita informações pessoais e nem envia códigos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Caso receba solicitação de cadastro, o cidadão deve denunciar às autoridades competentes”, diz a nota.

O golpe normalmente segue um roteiro parecido: por meio de um telefonema, uma pessoa se identifica como sendo do Ministério da Saúde e afirma se tratar de uma pesquisa sobre a Covid-19. Após uma série de perguntas, o suposto funcionário afirma que, para dar sequência à entrevista, precisa confirmar o cadastro. Para isso, envia um código de seis dígitos via SMS e pede que o entrevistado informe os números. No entanto, esses dados são usados para registrar o número do WhatsApp da vítima em outro aparelho e, dessa forma, roubar a conta e contatos.

O mais comum é que, uma vez em posse da conta de WhatsApp, o golpista acione familiares e amigos da lista de contatos para pedir “empréstimos”.

O próprio WhatsApp orienta que usuários nunca compartilhem o código de confirmação do aplicativo recebido por SMS com outras pessoas, nem mesmo com amigos ou familiares. Caso isso ocorra, a empresa recomenda que a pessoa notifique seus contatos.

O Prefeito de Botucatu, Mário Pardini, teve seu WhatsApp clonado na última semana. Não foi revelada a forma que os criminosos conseguiram fazer a clonagem.

 

 

Ligações partem de presídios

Golpes similares, mas com histórias diferentes, são alvo de apuração em diferentes partes do país pelas polícias civis. Só muda a história. Segundo investigações da Polícia, muitas dessas ligações partem de presídios em cidades como São Paulo, Goiânia e Fortaleza.

 

Botucatu Online – com informações Lupa