A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Universidade Estadual de São Paulo (FMVZ-Unesp, câmpus de Botucatu), por meio do Serviço de Diagnóstico de Zoonoses, em parceria com o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) – Botucatu, realizaram atividades relacionadas ao Dia Mundial da Raiva.

O curso de capacitação em coleta de amostras de material cerebral de cães e gatos, para diagnóstico laboratorial de raiva, recebeu representantes de 30 municípios da área de abrangência da GVE – Botucatu.

No período da tarde, foi realizada oficina, para a coleta de material pelos participantes, na Sala de Necrópsias (Foto: divulgação)

Inicialmente, no período da manhã foi realizada uma palestra sobre o tema com enfoque nos aspectos epidemiológicos, de diagnóstico e controle, realizada pelo professor titular aposentado Helio Langoni, do Departamento de Produção Animal e Medicina Veterinária Preventiva.

Na sequência, a médica veterinária Walkiria Delnero Almeida Prado, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (CVE/SES), apresentou palestra sobre a importância do encaminhamento de material destes animais para diagnóstico de raiva, como atividade de vigilância importante para o controle da raiva. Ela apresentou dados referentes ao encaminhamento de amostras pelos diferentes municípios, dos 30 que integram o GVE Botucatu.

No período da tarde, foi realizada oficina, para a coleta de material pelos participantes, na Sala de Necrópsias, do Prédio da Patologia Veterinária. Inicialmente, o Assistente de Suporte Acadêmico, Dr. Benedito Menozzi demonstrou a todos as principais técnicas e a seguir os participantes puderam realizar a coleta de material cerebral, para o encaminhamento laboratorial.

De acordo com os organizadores, a atividade foi importante para a conscientização da importância da vigilância da raiva animal, e do encaminhamento de animais com suspeita de raiva, com sintomas neurológicos, para diagnóstico diferencial entre outras encefalites.

“Apesar da situação epidemiológica de quase controle da raiva canina e felina em muitas regiões do Brasil, o vírus da raiva ronda, pois há reservatórios silvestres como os morcegos, entre outros animais, que podem veicular o vírus, transmitindo a doença para outros animais susceptíveis, incluindo o ser humano, já que trata-se de uma zoonose de altíssima letalidade, em praticamente 100% dos casos”, enfatizou o professor Langoni.

Fonte: FMVZ-Unesp, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.