Uma modalidade de golpe já conhecida, mas que tem como alvo vítimas que estão desesperadamente em busca de um emprego, tem causado ainda mais prejuízo para aqueles que precisam trabalhar.

As vítimas são atraídas por anúncios de oportunidades de emprego com início imediato e promessa de um bom salário através das redes sociais.

Em contato com a suposta agência de emprego, os candidatos são informados que o seu perfil se encaixa com a vaga, mas que para iniciar o trabalho é necessário pagar uma taxa para a conclusão de um curso de qualificação e compra de apostilas.

Após terem realizado os pagamentos, as vítimas recebem uma apostila digital, mas o contato no whatsapp é bloqueado e o emprego que era garantido, não existe.

O que as vítimas acabam comprando, é um curso de qualificação profissional, o qual são induzidos a adquirir acreditando que o emprego está garantido.

O golpe da falsa vaga de emprego cresceu 194% nos cinco primeiros meses de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020, segundo levantamento do laboratório de cibersegurança da PSafe.

Como se proteger

Não repasse códigos recebidos no celular:

O celular é o meio preferido dos golpistas. Para clonar o celular, o golpista fala sobre a suposta vaga, estimula o interesse do desempregado e depois diz que vai passar uma validação de segurança com um código. Quando o dono do celular repassa o código, o golpista clona o número e passa a simular situações de emergência para pedir dinheiro a amigos e parentes da vítima. Ou, ainda, contrata empréstimos no seu nome, segundo Emílio Simoni, diretor do laboratório da Psafe.

Não pague taxas para participar de processos seletivos

Simoni diz que outro golpe comum é aquele em que o criminoso mente que existe um processo seletivo, mas cobra uma taxa para o candidato participar de um suposto curso ou treinamento.

Pesquise sobre a agência e não repasse dados pessoais

A gerente de seleção da Luandre RH, Larissa Gonçalves, recomenda pesquisar sobre a suposta agência que está intermediando a seleção. Verifique se o site da empresa é real e se há um telefone fixo para contato. Também é importante não repassar dados pessoais, como contas bancárias, endereço ou outras informações sensíveis. Ela afirma que aplicativos de mensagens e redes sociais, como Facebook e LinkedIn, são utilizados por recrutadores.