Pelo quarto mês seguido Botucatu apresenta queda nos índices de mortalidade pela Covid-19. Entre 1º e 31 de agosto foram contalizados onze óbitos em decorrência de complicações da doença, totalizando 296 desde o início da pandemia, em 2020. Os números constam em balanço feito tendo como base estatísticas oficiais das Secretarias de Estado e Municipal da Saúde.

O valor corresponde redução de 52,1% no contabilizado no mês anterior, quando foram 23 óbitos registrados pelas autoridades. A média de mortes registrada no último mês foi de 0,35 morte registrada por dia. No período compreendido entre 1º e 31 de julho, este índice estava em 0,74 morte por dia. A queda coloca agosto como o mês com menor ocorrência de mortes no ano, igualando patamares de setembro e julho de 2020.

A queda está atrelada com a aceleração da vacinação em massa da população. Agosto também foi o período em que os mais de 80 mil botucatuenses receberam a segunda dose do imunizante produzido pela Astrazeneca, que integra pesquisa que mensura a efetividade do imunizante, promovida pela Universidade de Oxford, em parceria com a Unesp, Ministério da Saúde, Fundação Gates, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Prefeitura de Botucatu. No último mês também teve início a aplicação em adolescentes com a vacina da Pfizer, úncia autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Saintária (Anvisa) para este fim.

Conforme dados do governo estadual, das 296 mortes, 162 (ou 55%) foram em homens e 133 (45%) em mulheres. Com os óbitos somados deste mês, as idades mais prevalente foram de 60 a 69 anos (26,2%), 70 a 79 anos (22,3%), 80 a 89 anos (16,7%), 50 a 59 anos (15,1%), 40 a 49 anos (10,8%), 90 anos ou mais (3,9%), 30 a 39 anos (3%), 20 a 29 anos (1,6%), 10 a 19 anos (0,3%).

A taxa de letalidade em Botucatu teve ligeira queda e agora está em 1,6%, sendo 1,4% entre o público feminino e de 1,9% no masculino. Este índice é definido como a proporção do número de óbitos decorrentes de uma doença e o número de enfermos da mesma, calculada ao longo de um período de tempo determinado. Na média estadual, de 3,4%, a letalidade é de 2,8% entre as mulheres e de 4,1% com os homens.

Quanto a etnias, pessoas classificadas como brancas corresponderam por 87,5% das fatalidades, ou seja, 259 botucatuenses. Já as classificadas como pardas são 8,9% das mortes (26 óbitos) e pretas, 3,63%, totalizando 9 vítimas do novo coronavírus.

Há também constatação junto a doenças preexistentes, sendo pessoas com cardiopatia (55,4%), diabetes (34,1%), doença neurológica (12,8%), obesidade (8,9%), doença renal (6,6%), pneumopatia (4,3%), imunodepressão (5,6%), doença hepática (2,3%), asma (5,6%) e doença hematológica (1,6%).

Ao todo, as mortes registradas desde o início da pandemia, em ordem retroativa foram: agosto (11), julho (23), junho (31), maio (35), abril (40), março (53), fevereiro (24) e janeiro (21). Em 2020, os resultados foram: dezembro (5), novembro (2), outubro (7), setembro (11), agosto (6), julho (11), junho (8), maio (3)  abril (2).

 

 

Jornal Leia Notícias / Flávio Fogueral