Setembro marcou a interrupção de quedas contínuas nas mortes decorrentes da Covid-19 em Botucatu. Surto em instituições de longa permanência fez com que o total registrado no período fosse de 18 óbitos, entre o dias 1º e 30 de setembro, conforme registros oficiais das Secretarias de Estado e Municipal da Saúde.
O total aponta crescimento de 63% frente ao mês anterior, quando onze fatalidades foram registradas no município. Com o registrado em setembro, a média de óbitos foi de 0,60 morte por dia, sendo que em agosto, este valor estava em 0,35. Mesmo assim, os resultados ainda são inferiores aos de julho, quando ocorreram 23 mortes na Cidade devido ao novo coronavírus.
O crescimento nos últimos trinta dias deve-se, em partes, ao surto de Covid-19 em duas instituições privadas de longa permanência registrado em 13 de setembro. Na ocasião, 41 pessoas (31 idosos e 10 funcionários) foram infectados pelo vírus SARS-Cov2. Quatro internos morreram por complicações da doença.
Conforme dados do governo estadual, das 314 mortes, 166 (ou 53%) foram em homens e 147 (47%) em mulheres. Com os óbitos somados deste mês, as idades mais prevalente foram de 60 a 69 anos (24,6%), 70 a 79 anos (22,9%), 80 a 89 anos (17,1%), 50 a 59 anos (14,7%), 40 a 49 anos (11%), 90 anos ou mais (4,9%), 30 a 39 anos (2,8%), 20 a 29 anos (1,5%), 10 a 19 anos (0,3%).
A taxa de letalidade em Botucatu teve aumento e agora está em 1,7%, sendo 1,5% entre o público feminino e de 2% no masculino. Este índice é definido como a proporção do número de óbitos decorrentes de uma doença e o número de enfermos da mesma, calculada ao longo de um período de tempo determinado.
Quanto a etnias, pessoas classificadas como brancas corresponderam por 88% das fatalidades, ou seja, 276 botucatuenses. Já as classificadas como pardas são 8,6% das mortes (27 óbitos) e pretas, 3,38%, totalizando onze vítimas do novo coronavírus.
Há também constatação junto a doenças preexistentes, sendo pessoas com cardiopatia (54,4%), diabetes (33,3%), doença neurológica (12,8%), obesidade (8,6%), doença renal (7%), pneumopatia (4,6%), imunodepressão (6,1%), doença hepática (2,1%), asma (5,2%) e doença hematológica (1,5%).
Ao todo, as mortes registradas desde o início da pandemia, em ordem retroativa foram: agosto (11), julho (23), junho (31), maio (35), abril (40), março (53), fevereiro (24) e janeiro (21). Em 2020, os resultados foram: dezembro (5), novembro (2), outubro (7), setembro (11), agosto (6), julho (11), junho (8), maio (3) abril (2).
Jornal Leia Notícias – Flávio Fogueral