De acordo com a Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), em 2021, foram confirmados em Botucatu 54 casos de dengue; 1 (importado) de Chikungunya e nenhum de Zika vírus.

Ao aparecimento de sintomas característicos das arboviroses como febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dor muscular, machas vermelhas na pele e cansaço, é importante procurar atendimento médico, pois se houver a suspeita de Dengue, Chikungunya ou Zika vírus, o caso será notificado e as ações para quebrar o ciclo de transmissão destas doenças serão desencadeadas oportunamente.

A VAS iniciará, no mês de outubro, o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa).  Através desta atividade é possível medir o índice de infestação do mosquito transmissor das arboviroses (Dengue, Chikungunya e ZiKa Vírus) em sua fase larvária e identificar quais são os recipientes existentes nos imóveis que estão se tornando criadouros deste inseto. Sua realização, em âmbito nacional, no período não epidêmico, serve como instrumento para nortear medidas de ações de controle.

 

Metodologia

Para a execução do LIRAa, são sorteados, aleatoriamente, 120 setores censitários dos 212 existentes no município. O setor censitário é a unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral, formado por área contínua, situada em um único quadro urbano ou rural, com dimensão e número de domicílios que permitam o levantamento por um recenseador (IBGE). Dentro de cada setor censitário, são sorteados, também aleatoriamente, 4 quarteirões e, em cada um deles, trabalhados 5 imóveis. Portanto, até o final do LIRAa, que deverá ser executado em 14 dias, serão visitados 2400 imóveis e o resultado trará uma amostragem probabilística da situação entomológica do Aedes aegypti.

 

Resultados

De acordo com a classificação de infestação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), um índice inferior a 1% dos imóveis trabalhados com larvas de Aedes aegypti é considerado satisfatório, de 1 a 3,9% é sinal de alerta e acima de 4% risco de transmissão das arboviroses.

 

Situação Entomológica Atual

Desde a segunda quinzena de julho de 2021, a VAS vem intensificando as áreas que, de acordo com os indicadores entomológicos utilizados, apresentavam maior vulnerabilidade e uma tendência de maior infestação do mosquito Aedes aegypti. Embora com metodologia diferente do LIRAa, a atividade de intensificação também permite avaliar o índice de infestação. No mês de agosto o índice era de 0,69% dos imóveis trabalhados com larvas de Aedes aegypti. Em setembro, o índice está em torno de 1,5%. De acordo com os últimos levantamentos entomológicos, neste período de estiagem (pouca chuva), os principais criadouros que mantém a população do mosquito Aedes aegypti no ambiente, ainda que discreta, são recipientes existentes nos imóveis abastecidos mecanicamente pela rede de abastecimento ou pelos moradores. São exemplos disso pratos de plantas, bebedouros de consumo animal, vasos sanitários com pouco uso, ralos internos e externos, reservatórios d’água, piscinas, entre outros. É importante que a população fique atenta, pois com a chegada da tão esperada chuva, surgirão outras ofertas de recipientes em condições de acumular água como: as calhas e canaletas que não têm um bom escoamento de água; latas, potes e garrafas que serão utilizados, mas estão armazenados em local descoberto podendo acumular água da chuva; lonas e encerados que cobrem materiais e que não estão bem esticados, podendo acumular água nas dobras; e materiais inservíveis que não foram destinados adequadamente e também se tornam criadouros.

Portanto, a participação ativa da população na manutenção adequada dos recipientes com ou em condições de acumular água parada, associado com as ações de controle realizadas pelo poder público, constituem estratégias sólidas de combate ao mosquito Aedes aegypti, que resultam em baixo índice de infestação e menor probabilidade de circulação das arboviroses.

 

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