O ano de 2023 chegou com uma novidade para os pacientes que fazem tratamento no Serviço de Reabilitação Lucy Montoro, em Botucatu: a prática esportiva por meio da modalidade bocha, com atividades todas as terças-feiras à tarde.

A ideia surgiu em dezembro do ano passado, quando o profissional de educação física Matheus Monge participou de uma capacitação de esporte paralímpico, realizada em Botucatu-SP. “Voltei daquela semana de capacitação empenhado em introduzir o esporte como parte integrante do tratamento, e, assim, comecei com o que tínhamos em mãos: um kit de jogo de bocha”, conta. “Inicialmente, pude identificar que os pacientes gostavam da prática. A partir daí, começamos a estruturar o esporte na unidade. Hoje, temos uma quadra pintada e uma professora da modalidade, em parceria com o instituto Suman”, destaca Monge.

Além dos benefícios já conhecidos da prática esportiva, como capacidades físicas, a exemplo da coordenação motora, aptidão cardiorrespiratória, força e resistência muscular, a expectativa da equipe do Lucy Montoro de Botucatu é levar aos pacientes todos os benefícios sociais e mentais que o esporte é capaz de oferecer.

O prazer e os benefícios do esporte
O esporte é ferramenta fundamental no processo de reinserção do paciente na sociedade, tanto no âmbito físico, quanto mental e social. Para pessoas com deficiência, em qualquer tipo de prática, o esporte é denominado paradesporto, e é imprescindível nos centros de reabilitação.
De acordo com o profissional de educação física, as etapas do paradesporto envolvem inclusão, iniciação, alto rendimento e medalhas. “Podemos abranger absolutamente todos os tipos de macroprocessos tratados em nossa rede, independente do sexo, faixa etária e deficiência. E a bocha abrange todos os tipos de deficiência atendidas aqui no Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Botucatu”, finaliza.
O projeto é coordenado pelo profissional do condicionamento físico da unidade, Matheus Monge, em parceria com o Instituto Cultural Esportivo e Social Atílio Suman, que conta com a professora da modalidade, Aline Pagnin. As práticas acontecem todas as terças-feiras e é voltada para pacientes em tratamento e pós alta, com o objetivo de vivenciar o esporte e manter a vida social ativa. Nesse começo, pelo menos 10 pacientes participam das práticas semanais.

Sobre o Lucy Montoro Botucatu
Em atividade desde junho de 2018, o Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Botucatu, sob gestão da Famesp, está estruturado com uma equipe multiprofissional composta por um profissional de educação física, dois enfermeiros, um fisiatra, uma fonoaudióloga, quatro fisioterapeutas, nove oficiais administrativos, quatro psicólogos, três assistentes sociais, um técnico de enfermagem e quatro terapeutas ocupacionais. Os atendimentos são voltados a pacientes com membros amputados, com lesão medular, lesão encefálica, doenças neurodegenerativas e doenças neuromusculares. O objetivo do serviço é possibilitar que o paciente atinja o maior grau de independência física, funcional e autonomia pessoal.


Divulgação