O Corpo de Bombeiros registrou aumento de 37% nos atendimentos quanto a queimadas em Botucatu, em oito meses. O total compreende 312 chamados que precisaram da intervenção direta da corporação entre janeiro e agosto. Resultado compreende aumento ao registrado no mesmo período de 2020, quando os bombeiros foram acionados em 228 incidentes.

Em alguns dos casos deste ano os incêndios resultaram em trabalhos extensivos que duraram dias, como em um canavial nas proximidades do aterro sanitário, em 25 de agosto; e na Cuesta, que demandou 48 horas diretas de combate às chamas. O fato ocorreu nos dias 12 e 13 de setembro.

Na noite de sábado, 18 de setembro, incêndio nas imediações da região de “serra” da rodovia vicinal Alcides Soares consumiu a vegetação do entorno, prejudicando novamente produtores rurais e criadores de animais. A intensidade das  chamas provocaram nova queda de postes de energia, interrompendo o fornecimento de energia no Distrito de Vitoriana, bem como dos balneários do Rio Bonito Campo e Náutico e Mina, duas das regiões turísticas mais visitadas do município.

A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) atuou novamente para a reposição de postes de energia que foram completamente destruídos, sendo necessária a troca. A energia começou a ser restabelecida às 2 horas de domingo, 19 de setembro. A própria empresa tem atuado para alertar sobre possíveis danos na rede devido às queimadas.

Para coibir queimadas  intencionais na área urbana, a Lei Municipal nº 1007/12 estabelece penalidades como multa de  R$ 100,00 e R$ 5,00 adicional por metro quadrado da área queimada e, no caso de reincidência, dobra-se o valor. Já o classificado como incêndio florestal está tipificado na Lei  9.605/98, sendo que seu artigo 41 reforça que provocar incêndio em floresta ou mata gera detenção de dois a quatro anos além de multa. No entanto, se for confirmado que é culposo (quando não há intenção), a pena é de detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.

 

Jornal Leia Notícias – Flávio Fogueral