No Brasil, três espécies de aranhas são consideradas de importância médica por poderem causar acidentes que exigem atendimento de saúde. Em 2025, Botucatu registrou 16 ocorrências envolvendo aranhas, enquanto o Estado de São Paulo contabilizou 1.838 acidentes, segundo dados oficiais.
Entre as espécies de maior relevância está a aranha-marrom (Loxosceles), que possui corpo entre 1 e 3 centímetros e costuma ser encontrada em ambientes internos, especialmente em locais escuros e pouco movimentados, como atrás de móveis, dentro de sapatos, roupas guardadas, caixas, forros e depósitos. A picada pode provocar lesões na pele e, em casos mais graves, necrose.
Outra espécie é a aranha-armadeira (Phoneutria), considerada uma das mais agressivas. O corpo mede de 3 a 5 centímetros, podendo atingir até 15 centímetros com as pernas. Ela é encontrada em áreas externas, como jardins, quintais, arbustos, pilhas de madeira, entulho e bananeiras, mas também pode entrar em residências. Seu veneno é neurotóxico e pode causar dor intensa e outros sintomas.
A viúva-negra (Latrodectus) também integra a lista de importância médica. Menor em tamanho, com corpo entre 1 e 1,5 centímetro, costuma viver em locais externos e abrigados, como galpões, cercas, pilhas de materiais, entulhos, frestas e áreas rurais ou periurbanas. O envenenamento pode provocar dor muscular, sudorese e mal-estar geral.
Para reduzir o risco de acidentes, especialistas orientam a adoção de medidas de manejo ambiental, como manter quintais e jardins limpos, evitar o acúmulo de entulho, madeira e materiais inservíveis, vedar frestas em paredes, portas e rodapés, além de sacudir roupas, toalhas e calçados antes do uso e utilizar luvas ao manusear materiais de risco.
Em caso de picada, a recomendação é procurar atendimento de saúde imediatamente. Não devem ser realizados torniquetes, cortes no local ou tentativas de sugar o veneno.
Apesar da atenção necessária, especialistas destacam que a maioria das aranhas encontradas em residências e áreas urbanas não representa risco à saúde humana. Essas espécies possuem veneno incapaz de causar danos significativos e exercem papel importante no equilíbrio ambiental, auxiliando no controle de insetos. Normalmente, só picam quando são manipuladas ou pressionadas.
Conhecer as espécies de importância médica e saber diferenciá-las das demais é fundamental para evitar alarmismo, promover a convivência segura e adotar medidas corretas de prevenção.
Fonte: G1















