Familiares e amigos iniciaram campanha para arrecadar plaquetas sanguíneas para o botucatuense Fábio Amâncio Neves que foi confirmado, em 13 de abril, ser portador da leucemia linfoide aguda (LLA), um tipo de câncer do sangue e da medula óssea que afeta os glóbulos brancos. 

Para o tratamento, Neves passará por quimioterapia e precisará de transfusão de plaquetas sanguíneas. Após esta etapa, ainda necessitará de um transplante de medula óssea. Tendo em vista o primeiro momento da terapia, a mobilização nas redes sociais pede doações de plaquetas e sangue dos tipos A positivo ou O negativo. No entanto,  qualquer tipagem é aceita, desde que feita no Hemocentro de Botucatu (HCFMB).

Para colaborar, a pessoa pode procurar o Hemocentro, no câmpus da Unesp em Rubião Júnior, e cadastrar-se no banco de medula óssea. Será coletada uma amostra do sangue, bem como preencher um formulário. Devido à pandemia de Covid-19, todos os protocolos sanitários estão sendo adotados. As doações podem ser feitas mediante agendamento direto pelos telefones (14) 3811-6041 ramal 225 ou pelo WhatsApp (14) 99624-7055.

 

Sobre a Leucemia Linfoide Aguda (LLA)

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimava, para 2019, 10.800 casos novos de leucemia no Brasil. Como a LLA representa cerca de 12% das leucemias no adulto, pode-se estimar 13.000 casos novos de LLA por ano no país.

Em uma medula saudável, as células-tronco tornam-se maduras e adultas por meio do processo chamado “diferenciação”. Na leucemia linfoide aguda (LLA) surge um linfócito imaturo e danificado na medula óssea, devido a um erro em seu material genético (DNA). Esses erros genéticos podem dar origem a uma célula blástica leucêmica (linfoblasto ou blasto leucêmico) que fica parada nos primeiros estágios do desenvolvimento celular. A célula blástica imatura não amadurece e não se transforma em uma célula sanguínea funcional.

Os erros genéticos fazem com que a célula mutante cresça e se divida continuamente, ao passo que uma célula saudável, cessa de se dividir e acaba morrendo. Cada linfoblasto que surge, depois do aparecimento da leucemia, tem o DNA mutante e se multiplica incontrolavelmente. Os blastos leucêmicos rapidamente se acumulam na medula óssea, suprimindo o desenvolvimento de células sanguíneas normais e saudáveis. Como resultado, há um acúmulo de linfoblastos que não funcionam e poucas células sanguíneas maduras.

 

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