Família de botucatuenses que vivem há mais de 20 anos testemunham atentado em Estocolmo - foto TTNews/twitter.

Muitos botucatuenses que residem em Estocolmo, na Suécia, afirmam que estão bem e não foram vítimas do atentado no centro da capital Sueca, na última sexta-feira, embora duas delas tenham testemunhado o atentado.

Mãe da Rainha da Suécia viveu em São Manuel
Rei Gustav e Rainha Silvia, da Suécia.

A Rainha da Suécia, Silvia Renata Sommerlathm visitou secretamente a cidade de São Manuel, em 15 de maio de 2011, quando esteve no Brasil. Ela visitou lugares onde viveu a mãe Alice Toledo, em uma fazenda de Café. Antes ela havia visitado “sentimentalmente'” São Manuel em 2000 (a primeira vez) e em 2003. A rainha Silvia nasceu em Heidelberg, na Alemanha, filha de Walther Sommerlath e Alice. O pai foi indicado diretor de uma metalúrgica alemã no Brasil. O pai da rainha Silvia foi acusado de ter sido nazista.

Este site apurou que três pessoas (duas delas da mesma família de botucatuenses) estavam no centro de Estocolmo e testemunharam o atentado, segundo relata a mãe e tia das garotas, Rosemary Trombini de Moraes (a sobrinha é botucatuense vivendo no país e a filha é Sueca). Rose vive com o marido (também botucatuense) e outros filhos há mais de 20 anos na Suécia.

A filha de Rosemary Moraes estava com o namorado nas proximidades do atentado e testemunharam disparos com arma de foto. Eles primeiro se protegeram dos tiros em uma cafeteria e depois ficaram abrigados em uma escola pedindo socorro à família e que demorou duas horas para ser feito, devido aos bloqueios.

A sobrinha de Rose, também estava estava com o namorado (um botucatuense) no local do atentado e viu o caminhão atacando pedestres no centro comercial. As moças estão em estado de choque e sob cuidado das famílias, segundo relatou ao Botucatuonline.

Numa fanpage do facebook feito por brasileiros que residem ou estão na Suécia, diversos botucatuenses e sãomanuelenses avisaram amigos e familiares que estavam bem, informavam sobre outros parentes e publicaram fotos e link com informações. 

O atentado foi na sexta-feira no centro de Estocolmo, uma região comercial conhecida como Drottninggatan, onde estava a sobrinha de Rose. Um caminhão de cerveja roubado para o atentado atropelou e matou 4 pessoas deixando outras 15 feridas. 

A Suécia é considerada uma das nações mais tolerantes e seguras do mundo e com características de boa convivência e recepção aos imigrantes. Do ponto de vista religioso é uma nação laica.
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LEIA O RELATO DA BOTUCATUENSE

Rosemary de Moraes relata que a filha e a sobrinha estavam no centro de Estocolmo e testemunharam o atentado – Foto arquivo pessoal

Rosemary Moraes concordou em relatar a este site sobre o estado de choque que sua sobrinha e filha estão por testemunhar o atentado.

A filha de Rose estava em um local próximo e a sobrinha no local e testemunhou o atentado feito por um imigrante islâmico do Uzebequistão.

23% DOS SUECOS SÃO ATEUS

Com uma população em torno de 8 milhões de pessoas, a Suécia tem o maior percentual no mundo de habitantes que não acreditam em Deus: 23% da população diz não crer em nada espiritual e divino, outros 23% do suecos acreditam em Deus e, 53% acreditam na existência de espírito ou força vital, mas não frequentam cerimonias religiosas, conforme um estudo divulgado no relatório Barômetro Europeu). A Suécia foi uma das últimas nações da Europa a ser cristianizada.

“Aqui em Estocolmo o sentimento é de choque, medo e muita tristeza. A primeira notícia que eu tive do ataque foi quando meu telefone tocou e minha sobrinha estava chorando e falando “tia aconteceu um ataque terrorista na minha frente tem gente morta e machucada por todo lado,” e ao fundo eu ouvia os gritos de desespero do povo. Foi aí que me lembrei da minha filha caçula que estaria lá na cidade também. Falei para minha sobrinha procurar um lugar seguro e se esconder e falei que precisava tentar entrar em contato com minha filha que estaria lá também”, escreveu ao Botucatuonline.

Rose relembra que a filha mais nova estava com o namorado no centro e ligou aos prantos pedindo socorro, mas o acesso à área do atentado (uns quinhentos metros e entorno de vários quarteirões) estava isolado. O desespero da mãe e da população sueca aumentou quando o sistema de telefonia foi bloqueado na capital, uma ação anti-insurgência ou de atentado terrorista, para tentar evitar comunicação dos terroristas.

“Minha filha com o namorado estavam próximos ao atentado e perto deles tinha um terrorista atirando. Eles tiveram que se esconder nos fundos de uma cafeteria, ela me ligou em pânico pedindo ajuda. Eu não tinha como ajudá-la, pois a polícia fechou todos os meios de transporte, e alguns minutos depois, todos os telefones celulares pararam de funcionar, não conseguíamos nos comunicar. Alguns segundos depois veio o aviso pela TV que era para impedir os terroristas de se comunicarem. Graças ao WhatsApp consegui manter contato com ela e meu marido conseguiu chegar de carro perto de onde eles estavam e resgatá-los depois de quase 2 horas, em uma escola”.

Rosemary de Moraes relatou que o centro de Estocolmo foi cercado pela policia e forças regulares do exército, com inúmeras barreiras. No dia seguinte ao atentado a policia estava orientando as pessoas a se manter em casa e só circular quando estritamente necessário e não ficar em locais de risco ou com aglomerações de pessoas, como bares, shopping, cinemas entre outros.

Nove pessoas feridas no atentado estão em estado grave, sendo duas delas crianças.