Gesiel Júnior
Especial para o Botucatu online
O  jesuíta norte-americano padre Haroldo Hahm, fundador do Treinamento de Liderança Cristã (TLC), movimento que formou milhares de jovens da Arquidiocese de Botucatu, faleceu na tarde deste sábado (30), aos 100 anos de idade. Ele era muito querido pela juventude católica e teve o TLC trazido a Botucatu por seu amigo, o arcebispo dom Vicente Marchetti Zioni, em 1971.
A morte do centenário sacerdote se deu por parada cardíaca e foi confirmada pela assessoria de imprensa do Instituto Padre Haroldo, referência no acolhimento de dependentes químicos criado por ele há 41 anos, que tem sede em Campinas (SP), onde o prefeito, Jonas Donizette (PSB), decretou luto oficial.
O velório vai ocorrer no Paço Municipal, na Prefeitura de Campinas, a partir das 8h deste domingo, 1º de dezembro. O enterro será à 17h, no Mosteiro de Itaici, em Indaiatuba. Uma missa de corpo presente vai ocorrer às 16h, no local do sepultamento.

História

Na região de Botucatu, padre Haroldo ficou conhecido por ter fundado o Treinamento de Liderança Cristã (TLC), que já promoveu a formação de mais de 18 mil líderes entre os jovens católicos, segundo dados do Secretariado do TLC de Botucatu, que tem subsecretariados em Avaré, Laranjal Paulista e Lençóis Paulista. Além disso, ele ajudou a trazer para o Brasil a Renovação Carismática Católica (RCC).
Nascido em Tyler, no Texas (EUA) em 22 de fevereiro de 1919, Haroldo Joseph Hahm era tenente do Exército quando descobriu sua vocação sacerdotal. Chegou ao Brasil em 1965 e naturalizou-se brasileiro em 1986.
Fundou diversas obras, como paróquias, pastorais, movimentos, entre outras, aliando-se a outros religiosos. Ele dedicou sua vida a semear obras que integram a ação social e que buscam aliviar o sofrimento das pessoas marginalizadas, principalmente dependentes químicos.
O missionário norte-americano esteve em Botucatu, em outubro de 2014, participando do 258º TLC na Casa Santo Inácio, em Rubião Júnior.
Ele ministrou dezenas de cursos, recebeu diversos prêmios e publicou mais de 50 livros, incluindo “Esse Terrível Jesuíta”, a sua autobiografia.
“Padre Haroldo foi um ser humano muito especial, que ajudou e iluminou a vida de várias pessoas. Ele fará muita falta, mas deixa um enorme legado”, disse o prefeito de Campinas, Jonas Donizette.