Após um período de quase dois anos sem poder viajar de forma seguras, o Turismo começa a pegar a estrada novamente. Entre as opções separadas para quem é apaixonado por morros, colinas, ecoturismo, aventura, cachoeiras, tirolesa, off road, balonismo e voo livre, entre outros atrativos, estão Pardinho e São Pedro, no interior paulista.
Nessa alta temporada, a estância turística localizada na encosta da Serra do Itaqueri, região de rara beleza natural no interior de São Paulo, começou com novidades. As escadarias do Parque do Cristo, um dos principais atrativos do destino, que oferece uma vista privilegiada da serra, ganharam pinturas artísticas, entre outras melhorias.
A Praça Gustavo Teixeira, outro ponto de visitação, recebeu o letreiro com a frase “Eu amo São Pedro”, que é perfeito para selfies de fazer inveja. Na gastronomia, estabelecimentos localizados no alto da serra ampliaram seus espaços e serviços. Tomar café ou almoçar contemplando a natureza e respirando o ar puro, cada vez mais é o programa que não pode faltar na visita a São Pedro.
Além das belezas naturais, que atraem famílias para contemplação e atividades de ecoturismo e turismo de aventura (cachoeiras, tirolesa, off road, balonismo e voo livre), São Pedro abriga um dos parques aquáticos mais visitados do estado de São Paulo, que possui estrutura de lazer e entretenimento.
A estância está pronta para a retomada das atividades turísticas após um longo tempo de restrições por conta da pandemia do coronavírus. Neste período, o Posto de Atendimento ao Turista foi totalmente repaginado e ganhou identidade visual com logomarca e fotos de atrativos da estância turística. A Avenida Imigrantes, a principal de São Pedro, recebeu novo projeto paisagístico e está toda florida.
A iluminação da Avenida Imigrantes, principal acesso à cidade, foi renovada com lâmpadas LED, mais eficiente e econômica, além de proporcionar maior segurança aos moradores e visitantes.
O Parque do Cristo, além das pinturas nas escadarias, passou por uma manutenção de toda sua estrutura e agora tem playground, o que atende às famílias com crianças que visitam São Pedro.
De acordo com a Secretaria de Turismo da cidade, o turismo regional está em alta. Atualmente, a cidade conta com aproximadamente três mil leitos que, em feriados, chegam a 90% de ocupação.
No alto da serra
A Venda do Brílio, aberta há 50 anos, inicialmente um armazém para atender aos moradores da zona rural e que, com o passar do tempo, tornou-se um point dos motociclistas, é exemplo do quanto o “turista está subindo a serra”. O café servido aos domingos ganhou fama na região toda.
Nos finais de semana, o local recebe até 500 pessoas por dia, mas sem perder a característica de café caipira, de mesa farta bem ao estilo de “casa da vó”. Com o aumento dos clientes, o restaurante foi aberto para o almoço.
Recentemente, foram montadas mesas debaixo das árvores porque o salão não era suficiente e os turistas aprovaram o novo espaço. O carro-chefe do restaurante da Venda do Blilio é o costelão assado, um corte Angus.
Outra novidade de São Pedro no alto da serra é a Estação da Cachaça. O estabelecimento, aberto há dois anos, envelhece a bebida que está no seu nome, mas o forte da casa é outro. É a cafeteria e a doceria.
Turistas de várias localidades vão para São Pedro para contemplar a Serra do Itaqueri e tomar um café caprichado no local. “As pessoas vêm para cá para se reunir, se confraternizar e tomar um café especial. Temos também a coxinha mais famosa da região”, conta Juliano de Santis, proprietário da casa.
Juliano conta que irá ampliar a casa até o Carnaval. A meta é que o estabelecimento seja, por si só, um grande atrativo de São Pedro para famílias e grupos de amigos.
Na cidade, café da manhã é um forte atrativo de São Pedro. Na cidade, outro empreendimento, o Quintal da Serra, oferece café colonial rural todos os sábados e domingos pela manhã.
O bufê, com mais de 50 itens, inclui polenta, almôndega de frango, cuscuz, linguiça caseira, salgados, ovos, pão de queijo, além de frutas, frios, bolos, tortas e doces feitos – estes últimos três, todos caseiros.
O carro-chefe é a torta de frango, uma receita da família e que faz muito sucesso, conta João Pedro de Brito Lima Valicente, que comanda a casa ao lado de sua mãe. “Somos um café colonial rural. Inclusive, o bufê quente é servido no fogão a lenha no meio do salão. Mas como nosso cardápio tem várias opções salgadas, realmente é um brunch. Quem vem para tomar café, já sai almoçado”, diz.
Além de bufê farto, outro atrativo é o lugar. O Quintal da Serra funciona numa casa com amplo jardim, numa área muito tranquila, bastante verde e é pet frindely. “As pessoas comentam muito sobre a paz que reina no Quintal da Serra. E é isso: um grande quintal aos pés da serra com ótima comida”, frisa Valicente. Ele conta que é uma empresa familiar, que sua mãe, em 2011, começou a cozinhar para fora.
Fez tanto sucesso que chegou a ter uma rotisseria no centro de São Pedro, mas em 2019 decidiram investir num café colonial. Agora, com a flexibilização das restrições, o movimento vem aumentando mês a mês. Por final de semana, entre 200 e 250 pessoas passam pelo Quintal da Serra.
Cuesta Paulista
Saindo de São Pedro, a pouco mais de 100 quilômetros, uma outra boa opção para passear é Pardinho. Localizada a mais de mil metros de altitude na escarpa da Cuesta* Paulista, a cidade encanta pela sua vista panorâmica do horizonte sem fim, que margeia toda a cidade. Tanto na alvorada quanto no entardecer, entre morros e colinas, os cenários são de tirar o fôlego, como: formações rochosas, cachoeiras e trilhas Além disso, ar puro e clima pra lá de especial. Quase todas as atrações do destino estão ao ar livre, junto à natureza.
Para passeio e diversão, há parques, restaurantes, cafés e um dos mais belos cenários para o turismo contemplativo bem no coração do estado de São Paulo.
Pardinho é frequentado por motociclistas, caminhantes, trilheiros e, principalmente, ciclistas. Os privilégios não param por aí. A cidade tem a maior parte de seu território em Área de Proteção Ambiental (APA) e está em uma das principais áreas de recarga do Aquífero Guarani, onde se encontram inúmeras nascentes da mais pura água cristalina.
Cachoeiras
Se você gosta de água, terá à disposição diversas cachoeiras para sentir o poder revigorante que elas proporcionam. A cidade também tem o privilégio de estar entre a Mata Atlântica e o Cerrado, conferindo flora e flora diferenciadas e um clima mais ameno, típico de lugares com maior altitude.
Queijos premiados fora do Brasil
A localização, a altitude e o clima fizeram com que Pardinho se tornasse a terra do queijo premiado. Entre os famosos queijos brasileiros que conquistaram o Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, em 2019, está o queijo Mandala que recebeu medalha de prata e o queijo Cuesta medalha super ouro.
Em 2021, foram mais duas medalhas prata para os queijos Cuesta, medalha super ouro para o queijo Mandala e, para o queijo Cuestinha, mais um ouro. No mundial do Brasil, em Araxá em 2019, o Mandala foi medalha diamante, o prêmio máximo deste concurso, considerado o melhor queijo, e o Cuesta recebeu medalha super ouro.
Em 2021, o Brasil foi protagonista: ficou atrás apenas da França, sendo que, das 331 medalhas, os brasileiros conquistaram 57, foram cinco super ouros, o mais alto prêmio deste concurso, e a Pardinho Artesanal ficou entre eles. A presença feminina foi outro destaque e a Pardinho Artesanal foi representada na competição pela mestre-queijeira e gerente técnica, Vanessa Alcoléa.
Os queijos nasceram de uma criteriosa seleção, desde a escolha do local à preparação genética do gado e escolha do processo, tudo foi tecnicamente pensado para garantir este diferencial presente em seu sabor, conferindo aos produtos da empresa um terroir que o destaca entre outros queijos mundialmente.
Terra das Emoções
Na pequena cidade de Pardinho, no alto da Cuesta Paulista e entre um mar de morros e colinas, a 200 quilômetros da capital paulista, você pode experimentar, além do sabor, todo este conjunto de atributos que intitulam Pardinho como a terra das emoções. Aprecie tanto o alvorecer como o entardecer em incríveis locais, como Varanda Pardinho, Deck 976, Cuesta Café, Chalés da Cuesta, Chácara Felicitá ou nos charmosos ambientes do Empório Danny Cakes e Casarão Eurico Nunes, além de restaurante Camponesa, com o melhor e mais saboroso Parmegiana do Brasil.
Onde se hospedar
No quesito hospedagem, a cidade de Pardinho oferece opções diferenciadas e intimistas; cada uma com seu charme.
Os Chalés do Gigante estão localizados no Eixo Turístico Vista do Gigante, onde se pode desfrutar de passeios e variadas opções gastronômicas e o melhor espaço para apreciar o pôr do sol. Mais informações: (14) 9 9761-4110 (WhatsApp – Robson Roder).
Já os Chalés da Cuesta têm arquitetura que remete às construções europeias. Estão localizados de forma privilegiada para a apreciação da natureza e os fenômenos do céu noturno. Há ainda os mimos oferecidos pelo proprietário. Diárias a partir de R$ 650,00 o casal, incluindo o café da manhã.
Na Pousada Tainã, da família Corrêa, tem a melhor vista do pôr do sol da Cuesta em Pardinho, proporcionando fotos incríveis. Oferece quartos cuidadosamente preparados: o Tamarindo (R$ 350) e o Laranjeira (R$ 250), ambos para duas pessoas com café da manhã incluso e preparado pelos proprietários. Mais informações: (14) 9 9680-3937 (WhatsApp – Rafael).
Mais informações em Descubra Pardinho.
Acesso rodoviário
Quem sai da capital paulista com destino a São Pedro tem a seguinte opção:
Adentrar à Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) até o km 134, onde irá adentrar às vias urbanas de Piracicaba e na sequência adentrar à Rodovia Geraldo de Barros (SP-304),
passando por Águas de São Pedro e, em seguida, São Pedro.
Nesta viagem, há quatro pedágios, sendo três na SP-348 e um na SP-304. O valor das tarifas varia em cada praça. No total, o motorista pagará R$ 73,20, entre ida e volta.
Já para quem sai de São Paulo rumo a Pardinho, a opção é:
Adentrar à Rodovia Castello Branco (SP-280) até o km 193, onde irá adentrar à Estrada Municipal João Emilio Roder e em seguida a via de acesso Pedro Bosco.
Nesta viagem, há também quatro pedágios, sendo todos na SP-280. O valor das tarifas varia em cada praça. No total, o usuário desembolsará R$ 84,20, entre ida e volta.
Fonte: Estradas