Débora de Lima Azevedo Miquelim, gerente do Senac Botucatu
Há algum tempo, o mercado de trabalho percebeu que, mais do que formação técnica, competência emocional é um diferencial de carreira. Para a psicóloga Flávia Galhardo Kasburgo, docente da área de gestão e negócios do Senac Botucatu, a afirmação é mais que verdadeira, uma vez que o profissional com inteligência emocional se destaca dos demais na hora da tomada de decisões, contribui para o aumento da produtividade e para a satisfação de toda equipe.
“Os profissionais são contratados por habilidades técnicas, mas demitidos, muitas vezes, por falta de coeficiente emocional. Pesquisas apontam a produtividade do trabalhador brasileiro como uma das mais baixas se comparada a países como Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália, França e México. Em relação aos Estados Unidos, o índice do país equivale a apenas 25% da eficiência do americano”, explica Flávia.
Em maior ou menor grau, isso também interfere no relacionamento entre funcionários, na produtividade, na qualidade do serviço prestado e na felicidade do profissional.
Segundo pesquisa desenvolvida pela consultora Fellipelli , os brasileiros gastam, em média, 1,9 hora por semana na mediação de conflitos em espaços corporativos, o equivalente a 91,2 horas ou 11,4 dias de trabalho por ano.
Para Flávia, os conflitos são comuns nas organizações porque elas reúnem pessoas com perfis, valores, culturas, gerações e vivências diferentes.
“Geralmente, as discussões surgem de assuntos triviais, como a promoção de um colega. Para evitar que uma conversa mais acalorada se torne um problema, a regra básica é colocar-se no lugar do outro”, sugere a docente.
Outro ponto de atenção é em relação à postura do líder. Débora de Lima Azevedo Miquelim, gerente do Senac Botucatu, afirma que com a chegada das novas gerações de profissionais ao mundo do trabalho, o modelo tradicional de liderança, baseado na autoridade e no poder, não tem surtido efeito positivo.
“Diante disso, se faz necessária a adequação por abordagens mais modernas, focadas em colaboração, reconhecimento, compartilhamento e trabalho em equipe, o que exige inteligência emocional.”
A boa notícia é que é possível desenvolver inteligência emocional e alguns exercícios podem colaborar nesse processo. Confira! 
Autopercepção – entender como você reage às situações é o primeiro ponto para mensurar a autoestima e consciência emocional. Isso ajuda a compreender quando, como e porque diferentes emoções impactam pensamentos e ações.
Relações interpessoais – avalie o grau de empatia que tem pelas pessoas e o quanto se preocupa em cultivar a responsabilidade social.
Tomada de decisões – antes de solucionar problemas, pare, avalie os prós e contras da situação, e na hora de expor sua opinião, controle seus impulsos. Em geral, não encontramos as melhores respostas quando estamos com as emoções à flor da pele. Mantenha a objetividade para enxergar as coisas como elas realmente são.
Gerenciamento de estresse – o mundo do trabalho é feito de mudanças, e situações inesperadas ocorrem a todo momento. Diante disso, é preciso olhar para aquilo que traz esperança e ter jogo de cintura para enfrentar as intempéries, com tolerância e otimismo.
Felicidade – sem ela é impossível manter o equilíbrio. Se algo não vai bem, procure fazer coisas que lhe tragam momentos de prazer e alegria. São eles que darão a força necessária para lidar com situações estressantes no ambiente organizacional.
Formação na área
O Senac Botucatu oferece cursos relacionados ao tema, que já estão com inscrições abertas para novas turmas. É o caso do curso Como Falar em Público, com início das aulas a partir de 15 de julho, eTécnico em Administração, com aulas a partir de 29 de julho.
Para se inscrever e conferir a programação completa dos cursos da área de beleza e estética, acesse o Portal Senac em www.sp.senac.br/botucatu.