João Cury foi prefeito de Botucatu e ex-Secretário de Educação do Estado
O ex-prefeito João Cury Neto, atual presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação afirmou em entrevista na manhã desta segunda-feira,21, na Rádio Clube FM que ficou surpreso com as acusações e bloqueio de bens impetrado pela Justiça, contra ele e outras 10 pessoas, a pedido do Ministério Público. No sábado, 19, o ex-prefeito esteve na Radio Municipalista onde também falou sobre o assunto.  O processo se refere a compra de massa asfáltica logo no início de seu governo, em 2009.
O ex-prefeito também destacou que foi surpreendido pelo ‘estardalhaço’ feito por setores da imprensa, que chegaram a distorcer declarações. João Cury salientou que seguiu o mesmo procedimento licitatório feito em gestões anteriores.
João Cury relembrou que ao assumir o governo, tinha uma grande demanda por asfalto incluída no orçamento participativo e enfrentou em fevereiro uma tempestade que destruiu várias ruas e bens públicos, sendo necessário recuperar urgentemente as ruas da cidade.
Foi feita uma licitação presencial com empresas que se interessaram e foram aplicados os valores de mercado. O Tribunal de Contas do Estado teria analisado o processo de compra e considerado parcialmente correto, excluindo a forma de compra, que deveria ter sido através de pregão eletrônico.
Nessa processo foi feito um aditivo para atender a recuperação de ruas da cidade, atingida pela tempestade.
“Essas acusações não são precedentes. Li que sou acusado e, em nenhum momento o promotor diz que houve superfaturamento na compra. Por fim, sou acusado em não ter especificado o tipo de massa asfáltica. O prefeito nem entra nos detalhes dessas compras que ocorreram quando assumi a prefeitura e não havia completado 60 dias de governo”, destacou o ex-prefeito.
João Cury disse ainda que em nenhum momento usou o ex-prefeito Mário Ielo (PDT) como escudo. Ele frisou que o procedimento tinha sido usado por gestões anteriores a Ielo.
“Em nenhum momento coloquei a culpa no Ielo, mas (explicamos) que usamos o expediente de governos anteriores para essas compras, coisas que outros prefeitos anteriores fizeram, afinal tínhamos 60 dias de governo e foi uma das primeiras compras que realizamos para asfalto”, afirmou.
João Cury lembrou que com pouco tempo de governo apostou nos procedimentos anteriores das gestões na compra através de licitação. Cury criticou ainda o fato de a imprensa ter ficado sabendo do processo antes dele.
O ex-prefeito informou que apenas no dia 16 de agosto tomou conhecimento oficialmente das acusações. Ele destacou na entrevista que pagou uma multa de R$ 4 mil referente ao processo de compra desse asfalto, conforme determinação do TCE.
“Minha vida pública nunca foi fácil. Antes de assumir a Prefeitura me colocavam no banco de réus e me acusaram de compra de votos, denuncia a qual venci em todas as instâncias”.
João Cury ao longo de seu governo sofreu acusações de compra de votos, em troca de x-salada, fato que ganhou repercussão devido a uma reportagem na Rede Band; compra de 12 mil votos pagando R$ 20,00; depois sofreu acusações de compra de alho da China de forma irregular para a merenda escolar e o chamado processo da Sangari, que teve apontamento regular do TCE e segue em análise na Justiça entre outros. O caso Sangari, que tem um valor muito maior, não teve pedido de bloqueio de bens.