Uma massa de ar frio derrubou as temperaturas em Botucatu nos últimos dias, e por isso, a Guarda Civil Municipal, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, intensificou a Operação Migrante.
Por meio de patrulhamento em locais que moradores de rua costumam pernoitar, A GCM abordou cinco pessoas na última madrugada, 11, e as encaminhou para o Espaço Acolhedor, onde receberem alimentos, tomaram banho e puderam pernoitar.
A Operação Migrante começou em maio, quando os dias ficaram mais frios. Desde então, todas as guarnições se empenham em atender os moradores de rua.
“Nas madrugadas em que o frio se intensifica, nosso trabalho é ampliado, buscando essas pessoas em situação de vulnerabilidade para encaminhar ao Espaço Acolhedor, onde elas recebem atendimento adequado para passar a noite”, explicou o Subcomandante da Guarda Civil Municipal, Sidnei Pichinin.
Como o frio deve ser intenso até o final da semana, a Guarda Municipal pede o auxílio da população, que pode acionar as viaturas por meio do telefone 199 sempre que encontrar uma pessoa em situação de vulnerabilidade social.
MULHERES AUMENTAM POPULAÇÃO DE RUA
A população de moradores de rua em Botucatu está aumentando. Recentemente a Secretaria de Assistência Social informou que cerca de 80 pessoas se enquadravam nas condições de vulnerabilidade.
Nos ultimos meses, no entanto, esse numero vem aumentando, considerando a quantidade de desempregados no Brasil.
O detalhe nessa questão da população de rua é que vem aumentando as mulheres na estatistica. No ultimo domingo, pelo menos quatro mulheres estavam em um estacionamento abandonado no Largo do Paratodos, com vários homens já conhecidos na cidade.
Elas contaram que eram de Botucatu e cidades da região, como Jau e Bauru. Duas disseram que eram de Botucatu e tiveram envolvimento com drogas e romperam relações com a família e decidiram deixar de ‘levar vergonha pra casa’.
“A família têm vergonha da gente não ter emprego e beber algumas para ver a hora passar. Então a gente sai para viver rua e diminuir a vergonha deles. Vez em quando, a gente passa em casa para tomar banho e trocar de roupa, mas sai de novo. A rua é segura com o pessoal certo, tem muita gente errada em todo lugar”,disse uma mulher de 42, que foi detida no sistema prisional, por levar drogas ao marido que estava preso.
Ela conta que agora está ‘limpa’ do marido e do alcool. Não trabalha pois ninguem dá oportunidade de emprego para quem mora na rua.