Botucatu vive um momento histórico com o início da fase de inundação da represa do Rio Pardo, obra considerada a maior já realizada no município. Autorizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deu início ao processo que deverá levar cerca de seis meses para atingir o nível máximo.

Com investimento de aproximadamente R$ 57,3 milhões, a represa será fundamental para garantir o abastecimento de água de mais de 140 mil habitantes de Botucatu. Quando totalmente cheia, a represa terá capacidade para armazenar 10 milhões de metros cúbicos de água, ocupando uma área de cerca de 150 hectares.

“Por muito tempo, houve quem achou que a construção de uma barragem seria uma utopia, algo muito distante da realidade. Mesmo quando escutei isso por várias vezes, não desisti. Hoje o sonho, que parecia tão distante, é uma realidade e vai garantir a segurança hídrica pra nossa Cidade”, destacou o Prefeito Mário Pardini.

Apesar da importância para a população, a construção da represa gerou debates, especialmente entre ambientalistas sobre as áreas afetadas.

A inundação resultará em desapropriações e modificações ambientais significativas.

Para mitigar os impactos, uma força-tarefa de biólogos foi mobilizada com o objetivo de resgatar animais nas áreas de mata que serão alagadas, reduzindo ao máximo a mortalidade da fauna local.

Esse trabalho faz parte do plano de resgate da fauna, uma das exigências impostas pela Secretaria de Meio Ambiente para a viabilização do projeto.

Além disso, mudas de árvores nativas estão sendo plantadas ao redor da represa como parte do esforço de revitalização e compensação ambiental. Dos 280 hectares totais do empreendimento, 130 hectares serão destinados à preservação permanente, formando uma área de proteção voltada à conservação da biodiversidade local.

A represa do Rio Pardo representa um novo capítulo para Botucatu, com foco no desenvolvimento sustentável e na preservação do meio ambiente. Botucatu avança rumo a um futuro com mais segurança hídrica, essencial para o crescimento e qualidade de vida dos seus moradores, ao mesmo tempo em que busca preservar suas riquezas naturais.

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