Linha de produção da Tecnaut - Foto Divulgação/rede Social
As demissões de trabalhadores começaram no final da semana passada e já somam 58 operários metalúrgicos e mecânicos até esta quinta-feira, 16. A Irizar do Brasil, empresa fabricante de ônibus demitiu 20 trabalhadores, a Tecnaut, fabricante de peças e equipamentos agrícolas 28 empregados e outros 10 trabalhadores de pequenas empresas do setor fizeram homologações de demissões e comunicaram o Sindicato dos Metalúrgicos, segundo informou o presidente da entidade, Claudio Beiço.
“Estamos aguardando um agendamento para tentar reverter as demissões na Tecnaut. A empresa informou que não dava para fazer acordo por causa do corte da produção. Enviamos mensagem para todas as empresas, sugerindo que não ocorressem demissões e buscássemos acordos. Não houve contato, pois mudaram também as pessoas da direção com quem negociávamos. Estamos tentando reverter essas demissões”.
As demissões estão acontecendo ao mesmo tempo em que o Sindicato dos Metalúrgicos está tentando negociar alternativas contra as demissões, como aconteceu na Embraer, Caio Induscar e Irizar do Brasil.
“Na Irizar do Brasil 99% dos trabalhadores aderiram à proposta de redução de jornada de trabalho e salários. Todos os benefícios do Acordo Coletivo foram mantidos”, afirmou o Sindicalista. Os acordos valem por 180 dias e só “implica em redução de salários e jornada de trabalho, sem mexer nos direitos do Acordo Coletivo”, salientou.
A Embraer ao longo dos primeiros meses ajustou sua força de trabalho e na ultima quarta-feira implantou uma nova forma de trabalho e salários como a redução da jornada de trabalho e salários, implantação de home Office e trabalhadores em casa no chamado Layoff.
Negociaram até o momento com o sindicato a Embraer, Irizar e Caio, “Na Embraer o novo sistema começou na quarta feira. Estamos negociando com várias empresas de Botucatu e região a redução de jornada de trabalho e salários nesse período de queda da produção devido a pandemia”, garantiu o sindicalista.

COMÉRCIO

No comércio e serviços, apesar da pressão do empresariado, não estão ocorrendo demissões. Segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários, alguns lojistas procuraram a entidade para propor suspensão de cotratos de trabalho para implantação das reduções de jornada de trabalho e salários.
“Não temos registrado demissões nos últimos dias, mas fomos procurados por algumas empresas propondo redução da jornada de trabalho e salários nesse período de pandemia. Estamos abertos para negociações que tenham como objetivo proteger o emprego do comerciário”, afirmou Sérgio Ortiz.