Gesiel Júnior
Especial para o Botucatu online
Os advogados que mais atuaram na defesa do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, lançam em dezembro o livro “Lawfare: uma introdução” em conjunto com o jurista avareense Rafael Valim. Tal termo tem sido usado por eles para explicar a tese de que o petista vem sendo judicialmente perseguido, em especial pelo ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.
Segundo os três autores, a expressão lawfare é confundida com outros tópicos consagrados, como a judicialização da política ou o estado de exceção. Com o livro eles esperam, mediante a análise do “lawfare” militar, político, comercial e geopolítico, abrir um campo de reflexões sobre o Direito, a Economia e a Política.
O volume de 150 páginas será publicado pela editora Contracorrente, de propriedade de Valim, e deve estar disponível nas livrarias a partir da primeira semana de dezembro e já houve reserva de 500 exemplares.
“Em 10 de outubro de 2016, na condição de advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentamos durante entrevista jornalística o conceito de lawfare para designar o uso perverso das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política, com táticas e características específicas”, afirmaram Cristiano e Waleska.
Ambos apontaram estar o fato retratado em reportagem intitulada “Defesa de Lula diz que Lava Jato usa leis como ‘arma de guerra’ para desmoralizar o inimigo”, do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Por isso os três advogados vem buscando, com base em amplo estudo científico, mostrar a realidade de Lula diante da atuação de uma parte do Sistema de Justiça brasileiro, no qual Sérgio Moro despontou.
“Desde então – explicam – muito se tem escrito e falado em referência ao termo lawfare”, assunto que os inspirou a publicar o novo livro.