Arma, munição, celulares encontrados pelas policias | Foto Divulgação PM
Considerando as horas perdidas de sono, provavelmente algumas pessoas terão agravados quadros de doenças emocionais e psiquiatras, por conta do ataque aos caixas eletrônicos.
Os comerciantes apontam outros problemas: a paralisação das vendas em dinheiro no Município, ao menos até os bancos começarem a funcionar.
Se não vende no comércio e serviços, a indústria não tem dinheiro ‘no caixa’ da cidade, vai ocorrer um impacto sazonal na economia da cidade.
Nesses dias não haverá geração de impostos como ICMS devido a queda ou falta de vendas a vista e daqui a alguns meses certamente vai cair o coeficiente destinado pela União através do FPM – Fundo de Participação dos Municípios.
Com menos dinheiro em caixa, a Prefeitura poderá ter problemas para manter o funcionamento de serviços ou pagamento em dia de fornecedores com programação de recebimento, por conta de obras e serviços no município.
Quem arriscar a vender fiado vai correr o risco de eventualmente receber?.
Esses 12 ladrões (sendo um de Pardinho e outro de Botucatu, dos que foram presos) não atacaram apenas duas empresas do sistema financeiro, eles fizeram um atentado contra mais de seis mil pessoas que terão de mudar suas rotinas por conta da falta de políticas de segurança publica.
Na cidade, segundo as informações divulgadas por diversos veículos de comunicação, havia 3 policiais. Três policiais para cuidar de uma cidade de 6 mil habitantes, equivale a cada servidores públicos a carga sobre pelo menos dois mil cidadãos.
O Batalhão de Botucatu há muito tempo não informa o contingente, mas os policiais não escondem que faltam efetivos e alguns deles atuam com sobrecarga de trabalho.
Provavelmente o delegado de polícia de Pardinho seja alguém de Botucatu, já que diversos delegados atuam em divisões especializadas e acumulam trabalho em delegacias das cidades da região.
Os oficiais envolvidos na questão não tocam no assunto, sob risco de serem pressionados pelos escalões com mais divisas e até punidos.
Até agora não surgiu uma liderança que aponte um caminho: Senhor Governador, Senhor Secretário de Segurança, precisamos aumentar o efetivo, contratar mais policiais, investigadores, investir na Policia Científica e etc…
Todos vão a sessão do legislativo para receber honras, mas ninguém está aparentemente preocupado com a vida do servidor da área de segurança publica.
Se morrer, como já aconteceu no Batalhão de Botucatu, durante confronto com bandidos mais e melhor armados em Conchas, não adianta o Governador ir chorar no velório ao lado do caixão e a Câmara da Cidade dar nome de rua para o PM que faleceu.
O Prefeito e a Câmara de Pardinho deveriam convocar os deputados mais votados da cidade e dizer quanto custou a brincadeira dos bandidos na madrugada do dia 5 de novembro.
Não foram apenas R$ 320 mil, foi o sono da cidade, o medo até no mais corajoso pardinhense e no dia sonolento e cheio de histórias vividas no comércio que não vendeu em dinheiro, pois seus bancos estavam destruídos.
Ladrão esperto não ataca onde o efetivo é maior e sim nas cidades pequenas, onde o Estado tapa o sol com a peneira e a população cai na conversa fiada dos políticos dizendo que as policias seguem critérios técnicos para compor o efetivo.
É preciso mexer nesse vespeiro de segurança pública a favor dos pequenos municípios e da vida dos servidores da Secretaria de Segurança Publica que vivem nessas cidades.

@ Botucatuonline.com