O prefeito Mário Pardini (PSDB) acredita que nesta semana começam as primeiras providencias práticas para recuperar as pontes e a normalidade da cidade. As viagens que fez a Brasília e a São Paulo, na semana passada, com a documentação completa do decreto municipal e estadual de calamidade publica permitiram a agilização dos procedimentos e inicio dos serviços nos locais atingidos. No momento equipes trabalham na limpeza das calhas dos rios e retirada de entulhos.
O governador João Dória Junior, em audiência com o prefeito na sexta-feira, 14, anunciou a liberação de R$ 20 milhões para as cidades atingidas, especialmente em Botucatu, Laranjal Paulista, Porangaba, entre outras na região. Antes, o Estado publicou o Decreto de Calamidade, que permitirá repasses estaduais e federais mais rápido para a reconstrução das pontes.
Pardini argumentou ao governador que aproximadamente 1.500 quilômetros de estradas rurais em Botucatu ficaram totalmente destruídas e ressaltou ajuda de empresas como a Eucatex, Usina São Manuel e Suzano (entre outras), além de prefeituras como Pardinho, Itatinga, São Manuel, Pratânia e Anhembi, que colocaram suas estruturas para ajudar a recuperar as vicinais.
“A prefeitura está cedendo madeira para a reconstrução das pontes e as empresas estão fazendo com seus funcionários a recuperação. Só a Usina São Manuel vai reconstruir umas cinco pontes na estrada do Araquá”, citou.

Fotos: Prefeitura de Botucatu

AGRICULTURA O presidente do Sindicato Rural de Botucatu, Alfredo Chaguri Junior contou que na semana passada os produtores rurais perderam centenas de litros de leite e hortaliças que não puderam ser transportadas a laticínios e CEAGESP ou feiras livres, devido à ausência de pontes. Foram destruídas 25 pontes na zona rural, segundo levantamento da Secretaria de Infraestrutura.
NA SERRA A grande noticia foi a informação de que a concessionária da malha da Rodovia Marechal Rondon no trecho de Botucatu, confirmando que até a próxima quinta-feira, 20, deve liberar o trecho da Serra, onde existem pedras e barro que caíram dos taludes das encostas.
FERROVIÁRIA Na área urbana a Associação Atlética Ferroviária vem retomando a normalidade. O presidente do clube João Chavari afirmou que aproximadamente R$ 500 mil serão utilizados na recuperação de áreas como piscinas, academia, ginásios e o total pode chegar a R$ 1 milhão, considerando as obras de reconstrução de muros, grama sintética dos campos e a recuperação de energia e gás.
“Só de gás natural, um investimento que concluímos há pouco tempo, investimos cerca de R$ 300 mil e perdemos tudo com o alagamento”, relatou.
O dirigente do clube também reclamou da Rumo ALL que teria jogado pedras de gabiões dentro do ribeirão.
“Se chover nos próximos dias e não precisa ser igual a da ultima segunda-feira, todo o muro, nos fundos da Ferroviária vai cair. Contratamos uma empresa para agir emergencialmente e estamos torcendo para não chover”, lamentou.