O presidente estadual do PSDB de São Paulo, deputado Pedro Tobias, expulsou o ex-prefeito e secretario de Educação do Estado, João Cury Neto e o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão.
Maranhão teria apoiado Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014 e João Cury por ter desistido de disputar a vaga de deputado federal pela legenda e se tornar secretário de Educação de Márcio França, ex-vice governador, atual governador e candidato a governador.
“No entendimento do partido, ao tomar a decisão de não representar o PSDB para defender o governo de um adversário no pleito de outubro, Cury feriu os incisos III e V do artigo 15 do estatuto partidário, configurando “irrefutável transgressão ética”, escreveu o deputado e presidente do PSDB Pedro Tobias.
João Cury Neto distribuiu no inicio da noite uma nota lamentando a exclusão dos quadros do PSDB, negou que tenha declarado apoio para Márcio França, como candidato ao governo paulista e comunicou que vai assumir o cargo oficialmente no dia 26.
“É uma pena porque se tivesse havido diálogo nada disso teria ocorrido. Até porque, em nenhum momento o governador Márcio França condicionou minha permanência no governo à desfiliação do PSDB. Para ser secretário da Educação não preciso estar filiado. Portanto, seguirei no cargo sem filiação partidária procurando fazer o melhor pela educação do Estado de São Paulo. Não tenho dúvida de que a educação está acima de tudo isso”. João Cury Neto, Secretário de Estado da Educação

Confira o comunicado de Pedro Tobias na rede social

“Como presidente do PSDB-SP, desfiliei dos quadros do partido, na manhã desta segunda-feira, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, e o ex-prefeito e atual secretário de Estado da Educação, João Cury.”
“Maranhão foi afastado por declarar apoio a outro candidato ao Governo de São Paulo em detrimento de João Doria, representante tucano nas eleições de 2018, o que é vedado pelo estatuto do PSDB.”
“Já Cury, que disputaria uma vaga na Câmara dos Deputados, abdicou de representar o partido nas eleições para assumir a pasta da Educação do governo de Marcio França (PSB), que disputará a reeleição. No entendimento do partido, ao tomar a decisão de não representar o PSDB para defender o governo de um adversário no pleito de outubro, Cury feriu os incisos III e V do artigo 15 do estatuto partidário, configurando “irrefutável transgressão ética”.
“Informo que ambos já foram notificados da decisão.”