Antes de dormir, uma viagem pra enredar.

A minha dedicação a natação. O prazer que sinto quando mergulho na piscina.
Eu adoro ir treinar todos os dias. Especialmente de quarta e sexta.
Chego por volta de 12:30, tá terminando o treino da Unesp, na piscina grande. Fico alongando por meia hora na piscina de hidro…. ahhhhhh…fechei os olhos agora, porque estou lembrando a sensação de ver aqueles atletas, homens e mulheres, treinando nas 10 raias, assim, as vezes 3 em cada uma, é lindo…
Enquanto eu alongo na piscina de hidro, noooosssssaaaa, me deu até falta de ar, de tantas saudades!
E daí, quando eles vão embora, termino de alongar e mergulho na raia 2.
A piscina vazia, mergulho no silêncio e, na água, só escuto a minha respiração e as batidas dos meus braços. É incrível, é maravilhoso.
Estou sonhando com terça-feira, quando eu vou poder voltar a nadar e ouvir esse silêncio onde só eu estou. Meu universo particular.
É um momento muito particular e muito prazeroso, do qual estou com muitas saudades.


Vou dormir decidida a mudar o rumo da prosa da minha rotina.

Ouvindo Marisa Orth me despeço.

Bom dia quarta-feira!
Como é bom dormir com uma decisão tomada. Fortalece.

Outra delícia: conversar com meu filho Lucas ainda na cama.
Filhos são bençãos.
Amo dimaaaaiiiissss vocês, Diego e Lucas.
E sem vocês o meu mundo não seria completo.

Também tive notícias da minha neta Maria Clara.
Caminhando, trabalhando, estudando enfermagem, ahhhhhh, mocinha linda do meu coração.

Saudades de você, Emilie. Muitaaaaassss.

Café da manhã com pão frito( deu saudades do papai), huuuummmm.
Banho e parti.

No ônibus todos com máscaras.

A flexibilização permite manicure, pedicure e tals.
Percebi as pequenas lojas abertas, vi o pátio da Caixa Federal com os invisíveis.
Também notei muitas mais pessoas nas ruas. E mais carros também.

Mamãe e Pretinha estavam ótimas.
Eu, distraída e apressada, afff, esqueci o bolo de laranja.
Vou por a culpa na máscara, meu problema de adaptação.
Mas não.
A pressa é por conta das saudades de abraçar, beijar e ficar junto com você, mamãe tãotão amada.
Muito triste. Estou muito chorosa.

De volta a minha casa, no caminho, uma dorzinha no coração.
Passando pela Cardoso de Almeida vi o casarão dos Marins, onde trabalhei como ” bibliotecária” no Convivium, sendo demolido.
Milhões de emoções, lembranças de bem querer, os livros todos que cataloguei, o quanto aprendi com Dr. Francisco Marins e Dona Elvira.
Tanto carinho e apoio, num dos momentos mais difíceis da minha vida que foi a minha volta da Rondônia.
Ahhhhhh, os amigos! Pedras preciosas.

O tempo está muito estranho desde a manhã.
Nem molhei as plantas ainda porque a chuva já cheirou e talvez caia.
Está ventando muito.

Minha decisão de dar um tempo da tv está firme.
Ontem cheguei a um nível de ansiedade muito perturbador.
Me senti absolutamente murcha por tudo que não é a pandemia.
Não reconheço o desgoverno que está transformando o executivo num braço familiar de desmandos e desrespeito.

São muitos os motivos pra me entristecer e, então, decidi me afastar da vida lá fora e me concentrar no que me faz bem.
As pessoas, as memórias, o bem que tenho a honra de ter ao meu redor.

Porque, sim, tem muito bom, bem e zen pra viver.

Hoje é aniversário de três queridas da vida.

Ana Piccinin, a queridona do sorriso que tudo acalma e pacifica.
Entramos praticamente juntas na, então, Sociedade Hípica de Botucatu. No escritório tímido da Dom Lúcio.
E seguimos pra sede rural.
Ahhhhhh, tempo bom, leilões de gado, de cavalos, provas de hipismo, muuuuiiiitaaaaasss festas.
Ana sempre corretíssima, apaziguadora, a companheira que nos dava carona todos os dias no fusca vermelho, onde o rádio tocava e a gente cantava.
Ana que encontrou a casinha, o “cafofo” da Rangel, quando tive que ir morar com meus filhos, sem fogão ou geladeira.
Ana, minha querida, que me viu chorar, brigar, chapar.
Minha Ana Maria muito amada.
A irmã pouco mais velha, carinhosa e guerreira, a mãe cuidadosa, a esposa amorosa do Laércio, a avó mais que presente, religiosa e politicamente democrata.
Uma paixão por você, Ana Maria dos pernões.
Te amo pra sempre.
Gratidão eterna, amiga lindaaaa!

Celi Rezende, ahhhhhh, quantas décadas depois, nos reencontramos! Santa tecnologia, mulher gata!
Fizemos cursinho juntas, já nos conhecíamos da vida no BTC, amigos comuns, carnavais, bailes e por aí vai.
Quando eu estava fora de Botucatu, Celi casou com Jonas e partiram pra Cuiabá.
Profissionais de áreas complementares, minha querida tem duas filhas encantadoras.
Celi é bem humorada, sempre tem um toque engraçado pras coisas até difíceis.
Temos nos reencontrado há alguns poucos anos e essa reaproximação também nos trouxe de volta outros amigos.
Celie, querida, meus melhores desejos pra você.
Sou muito fã.

Dona Neuza Tiegui
Minha vizinha tãotão divertida e querida.
Demoramos pra nos conquistar mas valeu.
Quero te dar parabéns e desejar que você continue sempre atuante, opinativa e feliz.
E conte comigo, sempre!
Parabéns Neuzinha do meu coração.

Aí sou surpreendida pela querida Dra. Andréia Luz, na frente de batalha contra o Covid 19 em Piracicaba.
Como ela mesmo chamou, Diário da Pamonha, o apelido dela enquanto aluna da FMB.
“D46
Hoje acordei c o barulho do zap da baiana as 6 hs, fiquei feliz
Café
Primeira aula c o pessoal em casa depois q começou o vírus, foi ótimo, pernas tremeram de exercícios físicos…kkk,
Depois do personal 6,25 km de corrida
Pura endorfina
Banho
Almoço
13 hs plantão de 24 hs
Calmo por aki Graças a Deus”

Ahhhhhh, os amigos!
Aquecem o meu coração e é muuuuiiiitoooo booooommm!

Ainda tem a visita da Silvinha, prevista pro final de tarde.
” Vai ser rápido, amiga!
Mas dá pra se ver e matar as saudades um pouco.”
Siiiiiiimmm!

E ela chegou!


Chove fininho.
Vai esfriar.
Manter a alma aquecida.

São 4 da tarde e me lembrei que não como desde o café, as 8.
Omelete de espinafre e queijo. Saladinha de rúcula do quintal.

Quintal que está em festa.

O dia hoje está repleto das mesmas e sempre novas emoções.

Confesso que estou estranha.
Saudosa, cansada, impactada mesmo.

Mesmo não querendo saber, fato é que estamos vivendo um tempo desafiador.
Os números tristes aumentam sem parar.
Há que se manter a esperança.

E resistir, sim!
E não calar.

Seja bacana, seja cidadão.
Se tiver que sair, use máscara por mais que desconforte. É a única chance de socializar um pouquinho.
Se puder, fique em casa.
Se puder, doe sangue.

O tempo não para.

Vai passar.

Seguimos.