Céu azul!
Bons dias.
Café da manhã.

Novo Sinistro da Saúde.
Continuaremos nas mãos de pessoas que ajoelham e dizem amém ao insano e sua familícia.
A reeleição é muito mais importante do que a população.
O caos está instalado.

Jornal do rádio.
Fico feliz em ouvir a opinião de pessoas que tem olhos de ver os fatos como eles são.

Preparei um bolo de carne moída logo depois do café da manhã.

Hoje não vou me abalar, não vou.
Meu irmão e cunhada chamaram a mamãe e ela me incluiu.
Vamos pra Cesário Lange no começo da noite.
Passar uns dias com com eles, dona Helena, Mel, Pretinha e nós.
Arejar a mente na ótima companhia da família.

Estou exausta, já contei.
Acredito que mudar de lugar vai me fortalecer.
Essas duas semanas, depois do Guarujá, foram muito difíceis, me deixei abater.

Amigo testou positivo.
Amigo de família amiga internado em estado grave.
Amigos de infância internados/pós internados/ainda não recuperados.
Querida em processo.
Em Botucatu ou outra cidade, está cada vez mais perto.

Evidente que nada vai mudar a realidade.
Mas acredito que não estar sozinha trará benefícios pra minha alma atormentada.

Chá de hortelã do quintal.
Pra acalmar as bichas da ansiedade, da desesperança e da impotência.


A história da cartinha, com a música do Tim Maia, teve retornos.
É uma boa história da vida real, mesmo.
Do bem querer profundo.

“Ah, como é bom ler sua coluna ? Li a de sexta agora, gosto de ler deitada, já na minha cama, quietinha pra viajar junto com você. Essa da cartinha foi show! Beijos lindeza ??”
Dani Lima, owwwnnnn bunitaaaaa!

“Gente, e reencontrar essa declaração musical no formato cartinha colorida?? ?? Tuuuudo!!! Amei!!”
Adriana Delmanto, prima amada!

O que me levou a buscar essa maravilhosa interpretação de Maria Bethânia do poema da persona de Fernando Pessoa.

“Todas as cartas de amor são ridículas

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)”

Álvaro de Campos


Foi muito bacana ouvir a entrevista da Dra. Maria Laura Nogueira Pires, a amiga Bilala da infância e quem não encontro há décadas.
Ela é psicóloga do sono e ouvi-la, em sua expertise, falando sobre os benefícios de um bom sono e como conquistar essa benção, foi bacana.
Parabéns!

Poema de Alice Ruiz lindamente cantado por Ney Matogrosso, além de ser uma bela reflexão.

“viver ou morrer é o de menos
a vida inteira pode ser qualquer momento
ser feliz ou não: questão de talento
leve a semente vai
onde o vento leva
gente pesa
por mais que invente
só vai onde pisa”

11 da manhã e tudo já está pronto.
Comida, banho, mala, quintal.
Esse convite me renovou, me deu pique.
Eita delícia!

Letícia, a vizinha mais linda e gentil, já aceitou cuidar daqui mais uma vez.
Essa rede de apoio que tenho, família vizinha, galera do Piritas e do Magu, é muito especial pra mim.
Amizade e afeto recíprocos.
Gratidão.

Leitura na rede.

” Um livro nunca foi para mim senão uma maneira de viver num ambiente qualquer. É isso que explica minhas hesitações, minhas angústias e minha lentidão…
Meus personagens imaginários me afetam, me perseguem, ou melhor, sou eu que estou neles.
Quando escrevi o envenamento de Emma Bovary, sentia também o gosto de arsênico na boca, eu próprio fiquei bem envenenado a ponto de ter duas indigestões uma em seguida da outra, duas indigestões reais, pois vomitei todo o jantar.”
Gustave Flaubert sobre o processo criativo.

Quando lemos um livro nos envolvemos com a história, mas não pensamos em toda a carga de emoções e no trabalho árduo do autor, tanta dedicação, e abdicação da vida pessoal, pra construir, palavra por palavra, o objeto do nosso prazer, a leitura.

Sempre, pra sempre, vou lembrar da Amanda Ayd, personagem da Fernanda Young, em A pessoa dos livros.

“Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
E, sem dúvida, sobretudo o verso
É o que pode lançar mundos no mundo
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
Talvez isso nos livre de lançarmo-nos
Ou o que é muito pior por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas…”

Caetano Veloso, ahhhhhhh…..

Siiiimmm!
Os livros são objetos transcendentes…


Recebi da amiga amada e muito antenada no bem viver, Silvia Machado, dicas do instituto Confúcio pra nos ajudar com o bem viver.
Recomendo a leitura e a prática.
Segue o link:

https://revista.institutoconfucio.com.br/fique-em-casa-fique-bem/

De repente me bateu umas saudades, lá do final dos anos 1970…
Algum gatilho disparou a memória.

Em 1978 conheci Fortaleza e tive o prazer de  ver pessoalmente, de longe/perto, na praia do futuro, Raimundo Fagner.
O charme em forma de nordestino árabe, luxo.
Sou fã do tipo.
Em São Paulo assisti um show dele em 1979.
Ele cantava ” era moderno o seu baton”…

“…(Não acredito mais no fogo ingênuo da paixão
São tantas ilusões perdidas na lembrança
Nessa estrada só quem pode me seguir sou eu…)”

A música entranhada no viver.

E foi assim que cheguei até aqui.
Com todas as músicas que, guardadas, trazem o melhor quando vem a tona.

Firme em ser firme, firme em ser forte, firme em querer o bem, as vezes mancando, as vezes saltitante.

Para reflexão.
“A vida deve ser uma constante educação.”
Gustave Flaubert

Resistir dia após dia.

Seguimos.