Acordei antes da meia-noite com vento e chuva grossa que vinha e ia.
Lembrei do alerta que li no botucatuonline, no Facebook.
Medaaaa!

“… quando a chuva passar..”

Lembrei de todas as paixões que não citei em 1998.

“… quando o tempo abrir,
Abro a janela e digo
Eu sou o sol!
Eu sou céu e mar,
Eu sou…”

Eu.
Eu sou eu, enfim.
Ufa!!!

Tive horas lindas sob as estrelas.
Mas, enfim, nunca deu certo.
Descobri que o meu amor por mim
“… é imensidão!”
Fiquei muito triste por ter ligado a tv.
Me sinto completamente assustada com o Brasil que encontro na mídia.
Bizarro dimaaaaiiiissss.
Ahhhhhh, que delícia abrir a janela e encontrar o céu tãotão azul.
Acordei faminta. Misto quente e café.
Os bons dias bons, as emoções que voltaram depois de ontem, nem tão poucas e nem tão boas, ahhhh…o viver!

A prática. Sempre bom.

Gargalhei com a mamãe, com o Fer, com a Lili.

Rotinas.
A berinjela voltou a florir.
Amoreira e pitangueira adormecidas.

“… Passarinhos soltos a voar
Dispostos a achar um ninho
Nem que seja no peito
Um do outro…”

Na rede com Villa-Matas.
” Viajar é, sobretudo, um clima, um estar a sós, um estado discretíssimo de melancolia e solidão.”

E Federico Mayol saiu do Porto e foi pra Lisboa.
“Lisboa… labiríntica, com mirantes que oferecem vistas extenuantes, com a eterna verdade vazia daquele céu triste e cativante como nenhuma outra, Lisboa é elegante no seu serpentear.”

Estou cada vez mais apaixonada pelo autor.

A tal Cultura FM pode até tocar música boa, mas o jornalismo tendencioso, do Alexandre Garcia, é nojento.

Estou com muito apetite e meu paladar está melhor.
Sopa de mandioquinha com bacon enquanto o feijão cozinha.
Pode? Pode sim. Laricão gostoso.
Acredito que cozinho feijão só pra tomar caldinho, adorooooooo.

Tomei banho quentinho, ouvindo Capital Inicial.
Tive que secar esse cabelo tão curto, estou muito friorenta.
Mas o pior é não me sentir saudável.

Depois de duas semanas maravilhosas, em que voltei a nadar, o retrocesso do isolamento e revezamento de pijamas, remédios e a espera do resultado do teste…
Empardei.

Xô banzo!
Hoje é aniversário da Sonia, a queridona que conheci no Rio de Janeiro, na vila de mulheres guerreiras em Santa Teresa.
Agora ela mora em Alto Paraíso do Goiás, que pretendo conhecer.
Na foto, com a June entre nós, estávamos num casarão ateliê na Lapa, num dia de corte de cabelos e muita curtição, depois, na mureta da Urca.
Parabéns bunitaaaaa!
Tudotudotudo de divino e maravilhoso no seu caminhar.

Arroz, feijão, boi ralado e batatinhas cozidas e fritas, uma especialidade do meu irmão André na adolescência, na casinha em frente ao PS da misericórdia.

Senti até o cheiro daquele jardim quintal pomar, delícia de casinha!
Diego pequeno, nossa cachorrinha Shiva, a praça, os amigos, o banco embaixo do pé de amora, o maracujá que dominou a goiabeira.
Mamãe tão linda, dentista na prefeitura, e quanta goiabada ela fez ali.
André e Erik, meus irmãos queridos de pura buniteza.
A horta do La Salle, no muro de trás. Era só pedir e pegar.
Muitos broches de durepox foram feitos debaixo do coberto do jardim.
(Onde eu queria ter uma quitanda, vejam bem.)
Os broches que vendi no teatro da Paz, em Belém.
Moramos ali entre 1981/1983.
Vida linda!
Era essa Andrea naquela casa.
Ensaiando o que ainda não chamava selfie.
Já trabalhava com o Dr. Marins na Montanha Editora.
Procurei outras fotos desse quintal.
Do Diego e Chandra. Do Fer com Maurinho e Assis.
Procurei e não achei.
Mas estão aqui dentro, pra sempre.

A música que ficou desse tempo…

Fugi das minhas agendas, hoje.
Mas uma batatinha me levou pra essa viagem deliciosa por horas.
“A memória é uma ilha de edição”, sempre cabe Wally Salomão.
E como é bom.

Duas boas notícias.

Vacinas contra o Covid sendo testadas aqui no Brasil.
Parece que está caminhando muito bem e rápido.

Facebook fazendo expurgo de perfis falsos de propagadores de fakenews e de ódio.
A família e asseclas do eleito enterrados nessa lama.
Está acontecendo em mais 10 países, inclusive nos EUA, onde o líder é gêmeo idêntico do que habita o Alvorada.

Até animei.

Dia 2 de isolamento a pedido.
Tarde linda, até tá calor.
E eu morrendo de vontade de ir nadar, caminhar, bordejar por aí.
Só porque não posso, claro.
Mas tá bom, tudo está certo.
Como dois e dois são cinco.

Para reflexão.
“Sonhe com o que você quiser.
Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida
e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.”
Clarice Lispector

Resistiremos siiiiiiimmm!

Seguimos.