Mais uma noite fritando.
Ora calor, ora frio.
Febre.
A vingança da sinusite.
U ó.

E acordei já largada.
Desmarquei os compromissos e fiquei aqui na cama.
O quintal está cuidado pela chuva.
E a casa está em ordem também.

Quero mais saúde!
Pooooxxxaaaa, tá chatinho!

Sopa de feijão.
Bem suculenta.
Comecei a fazer logo depois do café da manhã.
Acredito no poder da alimentação.

Silvinha falou tudo.
Tem vezes que é preciso aquietar, deixar o corpo descansar.
Eu fui com sede ao pote, me lambuzei e deu nisso.
Mas tá bom.

Villa-Matas pra arejar a mente.
Curtindo a Viagem Vertical do Federico Mayol, que agora está em Funchal, na ilha da Madeira.
Também está na minha lista.

Hoje Dona Ondina completa 91 anos. Muito bacana.
Dona Ondina é a mãe do Fernando e estamos por perto há muitas décadas.
Faz parte da família fraterna que a vida gentilmente me concedeu.
Querida, meus desejos de alegrias e bençãos pra você, sempre!
Beijão.
Assim eram meus filhos há quatro anos atrás, quando saíram do Brasil.
Exatamente hoje completam os 4 anos do Lucas.
Diego completou em abril.
Apesar de toda saudade, sei que eles estão muito bem fora daqui.

A sopa ficou muito boa.
E linda, por conta da beterraba que deu a cor.

Eu continuo caidinha.
E o céu cinzento.

Dormi umas horas.
Céu azul. Sol.

A prática.
Sempre bom.

” O mistério das cousas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.

Porque o único sentido oculto das cousas
É elas não terem sentido oculto nenhum.
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.

Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: –
As cousas não tem significação: tem existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas.”

Alberto Caieiro, persona de Fernando Pessoa.
Sempre muito bom.

Para reflexão.

Resistiremos.

Seguimos.