Tinha uma pendência pra resolver com a Emilie, minha neta.
Quase 8 meses sem vê-la.
Presentes estacionados no quarto do projeto.
Tem as questões. Mas isso não pode se sobrepor.
Incorporei o Cebolinha, e montei um plano.
Falei com ela sem contar nada.
Fiz suspense o dia todo.
Deu certo.
Ela fez o pedido, eu resolvi e acrescentei um kit kat na intuição. Ponto pra mim. Acertei.
É o chocolate preferido, com o refri e lanche preferidos.
E junto enviei a sacolinha com os presentes de aniversário e de Natal.
Meu, da vó bisa e da irmã.
8 meses.
Somos duronas, eu e ela.
Agora sim.
Temos um plano.
Te amo gata linda do cabelo igual ao do Jow, seu pai, meu filho.

Fiquei tãotão mexida, por escrever, que fui pra cozinha fazer geléia.
Ouvindo a que postei antes, ontem, Chatterton.

“…E eu
Não vou nada bem…”

Então.
Tudo porque dei uma olhada na agenda de 1999, ainda em janeiro, e encontrei aquela Andrea.
Tive que pensar sobre a referência que li, no meio de janeiro, depois de todas aquelas decisões que tomei e contei ontem.
Eu sempre sou mais decidida e forte nas noites/madrugadas, desde sempre.

Só entendendo a vida com muitas emoções e confusões.
Não sabia lidar com a vida real e minha real solidão íntima.
Que desperdício de Andrea.
Enfim, já passou

Naquele janeiro, aliás, por todo o verão, no Peabiru bar, encontrei uma pessoa que não reconheço.
Mas era eu.
Não valeu nada.
Valeu sim.
Me fez chegar aqui onde estou.

Que chocante ver que eu tinha 38 anos, dois filhos, e a adolescência tardia me dominava.
Tudo lá fora funcionava.
É, Lucas, eu era uma gerente, não uma mãe.
Dentro de mim tinha essa mulher nada resolvida, que buscava sei lá o que.
E cheguei até aqui, Diego.

Foi uma catarse, um replay, uma emoção dolorida tudo isso, ver que eu me matava emocionalmente enquanto meu pai morria.

Cheguei até Abril.
Não quero mais lembrar do que li, nunca mais.
Que vibe egoísta, que vibe.
Um refúgio.

Eu estava tãotão ególatra que nem dei atenção pras necessidades do meu pai ou dos meus filhos.

Perdão.
A todos vocês.

O custo é tattoo da alma atormentada.

Vou amanhecer a quarta-feira linda, cuidando da minha vida beeeeemmmm devagar.

Uma ótima reflexão antes de dormir.
A geléia pros amigos queridos, Mário Soares e Tute Carmello, está pronta.

Preciso pintar mais vidros.
Tenho mais geléias pra entregar.
Acordei preguiçosa.
A agenda foi um porre emocional. Eu já deveria saber, afinal 1999 foi o ano xyz de nossas vidas.

Céu azul e a secura.
Em busca de um lugar pro ano novo.
Obrigada pelo retorno Kelly Bartoli e Jorge Signoretti.

Café e tapioca.
Falei com a mamãe.
Bons dias bons e planos de viagem.

Ontem foi aniversário de três muito queridos.
Rosana Mello, a linda.
Álvio, o lindo.
Clara, a lindinha.
Três pessoas que chegaram a minha vida de maneiras diferentes e na minha vida estão de maneira igual.
Carinho, respeito e gratidão.
Parabéns!

Desenrolei as mangueiras da frente e dos fundos sem preguiça.
Molhei tudo bem devagar sob esse sol verânico.

É preciso ser paciente como o florir da orquídea.
Buscando a perfeição possível, sem tramas e sem dramas.

Na rede com as Cartas Lacradas.
Uma hora de leitura, que viagem boa.

Providências pra praia, em outubro.
Providências pro almoço.Penne de farinha de arroz com molho de espinafre, três queijos e bacon.
Ficou muito bom.

Resolvi a praia.
Higienizei alguns vidros pra voltar a pintar.
Tirei uma soneca na rede.

Estou bem mais tranquila.
Refleti bastante.
Eu sou a Andrea de hoje.
E só sou o que sou por ter sido tudo que fui.

Sei que ainda dá pra ficar melhor…

“… é preciso estar atento e forte…”

Me sinto muito bem comigo, finalmente e, de preferência, daqui até o final.

Para reflexão.
” Quando nos tornamos fixados as nossas próprias percepções perdemos a nossa habilidade de voar.”
Mingyur Rinpoche

Resistir, sempre!

Seguimos.