“Não é hora de pensarmos no que não temos. É hora de pensarmos no próximo.”, disse o Papa Francisco.
Domingo lindo, domingo de Ramos, que na tradição católica conta da chegada de Jesus a Jerusalém.
Começando a semana, que seria a de encontros de família, de bacalhau e pernil, ovos de chocolate e doces da mamãe e cunhada.
O melhor é o que já tivemos juntos.
E isso não tem isolamento social que nos tire: as memórias afetivas.
E assim, com bons pensamentos, tive uma manhã bem tranquila.
Ganhei visita paramentada e cáquis deliciosos.
Organizei minhas conchas.
Escutei o Baú do Fofat.
Tomei um pouco de sol.
Tantos exemplos de solidariedade por aqui e ali, tão bacana.
Marmitas, cestas básicas, kits de higiene, costureiras produzindo EPIs, pessoas se oferecendo pra formar uma rede de apoio…
Empatia.
Mas o “homem primata, capitalista e selvagem”, Trump, é o avesso do avesso.
Depois de negar, dobrou-se a pandemia e, super egoísta, quer tudo de tudo só para os seus.
Interferindo nas empresas como um ditador facista, proibindo vendas sem se importar com as necessidades tãotão iguais em todos os países: respiradores e EPIs.
Na Inglaterra a Rainha faz o sexto pronunciamento em mais de seis décadas de reinado. Pra elogiar os funcionários do sistema de saúde inglês, considerado um dos melhores do mundo. E pra reforçar o apelo pra que as pessoas fiquem em casa. Elizabeth vê a pandemia como uma nova guerra mundial. E não está errada. Agora o inimigo não é visível e, por isso, muito mais sagaz.
Enquanto isso, na “balbúrdia”, muitas pesquisas abrindo protocolos pra novos tratamentos experimentais. Com anticoagulante, plasma de sangue de paciente curado e até anestésico.
O fique em casa fazendo rever conceitos sobre o viver em casa.
O melhor é a renovação, a arrumação, o por pra fora, doar e reciclar.
E sobre como se relacionar com o outro.
De uma maneira mais cuidadosa.
Renovar amizades, demonstrar carinho, ter boas palavras e ser grato, muito grato por estar vivo.
Acho que reclamações não cabem agora. É egoísmo.
Principalmente se não fizermos parte dos 51%.
Que são os sem renda, sem face, sem voz.
Muitos Estados estão renovando o prazo da quarentena. Que deveria terminar nessa semana.
Mas a curva de contaminação e óbitos não vai permitir.
Por quanto tempo ainda teremos que ficar isolados, é a pergunta que não cala.
Sobreviver a isso e sair dessa, é o que interessa.
De preferência melhores como seres humanos.
Na tarde de hoje os números são: mais de 10.500 casos confirmados e 460 óbitos.
Pra encerrar…
“No meio do ódio me pareceu que havia dentro de mim um amor invencível
No meio das lágrimas, me pareceu que havia dentro de mim um sorriso invencível
No meio do caos, me pareceu que havia dentro de mim uma calma invencível
Me dei conta apesar de tudo, que no meio do inverno havia dentro de mim um verão invencível!
E isso me faz feliz, porque não importa quão duro o mundo empurre contra mim, dentro de mim há algo mais forte empurrando de volta. De Albert Camus, 1953”
Então, seja cidadão.
#fiqueemcasa
Seguimos.
