A quarta-feira foi explêndida.
E no final da tarde nos encontramos.
Fazia tempo que não estávamos só nós três.
São décadas de amor e amizade.
Quem nos conhece sabe.

Uma falação sem fim.
Uma cumplicidade ímpar, imbatível.
Tipo pode pedir licença se quer acabar uma frase, siiiiiiimmm!, é enlouquecedor a não sequência de assuntos.

Mas é tãotão booooommm e íntimo que é nosso e compreendemos.

Tim tins e fotos.
Comilança e presentinhos de mais comilança.
Madruga a quinta-feira e estou comendo pastéis de Belém.
Só ela poderia, lindaaaa!
E tem massa verde fresca, dele, no congelador.

Amigos amados,
Eu não existo sem vocês.
Gratidão eterna!

Ahhhhhh, o acordar no dia azul.
Que delícia.
Café da manhã, rotinas, plantinhas e amoras.
Bons dias ótimos.

Amigo amado.
Hoje completam 5 anos da sua passagem.
Sinto muitas saudades de você.

Foram décadas juntos.
Foram muitas aventuras, gargalhadas e lágrimas.
Teve ranchadas, viagem pra Brasília, parada gay, formaturas, casamentos, batizados, churrascos e festas pela alegria do viver.

Você sempre elegante, grande atleta, um gentleman.
E me chamava de amore, ahhhhh…

A amoreira que você me deu, linda e carregada, no canto do quintal, é o melhor símbolo do que sempre houve em nossa amizade: galhos fortes, frutas saborosas, sombra fresca e cores imprevisíveis.
Te amo!

Retorno no convênio.
Revisão feita, elogios pela perda de peso e prática de esporte, tudo bem.

Visitei a mamãe. Tudo bem por lá.
Lanchinho de queijo e banana, bom dimais.

Sob o sol verânico, que delícia.

Último treino da semana.
33 minutos no km de crawl.
Pensamentos circulares teimaram em focar nos tantos amigos que já fizeram a passagem.
Dediquei ao Fabinho.

Esfirra da rodoviária, delícia.
Tranquilo no ônibus, kkk…

Em casa.
Mais amoras.
Arroz e peixinho com molho de camarão.

Agenda 1994.
28/11
” Estou saindo de Botucatu para São Paulo.
O objetivo dessa viagem de férias é relaxar. Renovar-me. Ver o que surgir a cada dia com olhos sem passado.

Comprei o convite pro show dos Rolling Stones.

2/12
Estou na ilha de Santa Catarina, na Barra da Lagoa da Conceição.
Estou em frente a janela e lá fora estão as árvores do morro.
A casa da Deborah Terra é de madeira, pedra e vidro.
Cercada de verde e, lá dos quartos, em cima, vejo a Lagoa, as dunas, o mar e as montanhas.
Natureza plena com vento, sol, céu, nuvens.
Estou me sentindo muito bem e sem pressa.”
Escrevi no meu primeiro dia da minha primeira vez em Floripa.

“Sonhei com muitas luas, em várias fases, uma em cada janela do quarto que estou dividindo com o André.”

Encontrei essa prosa, inesquecível.
“Cabelos azuis e olhos vermelhos, você seria um motivo pra eu me perder dessa vida que eu levo.”, me definiu um amor que pintou em maio, na Hípica, e rolou, rolou, rolou. E só.

Bacana essa memória.
Que bom encontrar.

A minha capacidade de me apaixonar ainda me surpreende.
Era tudo muito simples e espontâneo, rolava.

As vicissitudes do viver, ahhhhhh, que me deixaram mais dura, mais fria, mais individualista.
Ou será que é só uma defesa?
Pois é, então.

O que sei, com certeza, é que vivo muito bem comigo mesma.
Claro que pintam questões, dúvidas, dificuldades até.
Daí eu me centro e vou atrás das respostas e de resolver.
Me sinto só as vezes, claro que sim.
Mas na maior parte do tempo eu me sinto muito bem.

E “meu caminho é cada manhã…”, sempre de olhos abertos, ouvidos atentos e com o coração tranquilo.

Para reflexão.
” Suas emoções são como uma maravilhosa obra de arte: quanto mais você olha, mais há para ver.”
Dzogchen Ponlop Rinpoche

Resistir, siiiiiiimmm!

Seguimos.