Dormi embotada.
Esgotada do assunto.
Quando decidi escrever sobre o meu ficar em casa não era pra ser assim, sempre igual… enfim, dormi perturbada.

Acordei com um novo propósito.
Começando por mudar minhas rotinas e, principalmente, o rumo da prosa.

Hoje é aniversário do meu sobrinho Pedro, o mais velho do meu irmão André e que já é pai do Francisco.
Pedro é artista plástico de muito talento. Antes disso é um homem bom, de coração generoso e sorriso largo, daqueles que são um abraço.

Também é aniversário da minha amiga querida, Dayse – que  Jorge Ben cantou ” a internacional Deise, a mulher do homem que come raio laser”.
Dayse e eu nós conhecemos em algum momento dos 70’s. Ela era interna no Santa Marcelina e passava os finais de semana na minha casa. Muito querida e amável, linda dimaaaaiiiissss, era a gata da vez.
Juntas curtimos muitas brincadeiras do BTC, carnavais e festas. Ela foi Rainha do Café em Chavantes, pra onde fomos de trem uma ocasião. E que Chavantes era aquela…
Morei com ela e dona Ana num apartamento na Brigadeiro, no começo de 79. E foi ali que descobri estar grávida do meu filho Diego.
Está no meu coração pra sempre, amiga.

Eu estava com larica de panquecas já há alguns dias.
E tenho muita organização com alimentos.
Como moro sozinha tudo sempre sobra e reaproveitar é uma arte de respeito.
Preparei um creme de palmito, champignons, azeitonas e requeijão.
Porque tenho uma lembrança muito afetiva de um pastel com esse recheio.
Era aniversário de Botucatu, o Cardosinho completava 100 anos e meu filho Lucas estava desfilando.
Papai foi dentista por mais de 40 anos nessa escola. Várias gerações da minha família lá estudaram.
Juntei tudo e fiz as panquecas viajando nas boas energias que vieram.

No rádio a proposta era música country.
Mais histórias do bem querer.
Trabalhei na Sociedade Hípica de Botucatu quando a sede na Castelinho estava começando.
Leilões e festas, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, bailes country e os amigos tãotão especiais que ainda hoje cultivo com muito carinho.

Fazer a faxina quinzenal foi fácil.
Quando estou assim, emoções e alegrias, é tudo prazeroso.
Afinal é a minha casa, o meu conforto e bem estar.

Alternando o cozinhar com a arrumação, ouvindo música, ahhhhhh!, que delícia de manhã.

Receber telefonema de amiga, tudo de bom. Novas aventuras no cardápio, apóio e passo receita.

Pessoas, esse isolamento tem que ser positivo.
Além de protegermos a nós e aos outros é momento de nos voltarmos pra nós mesmo, nosso íntimo, reflexões e conclusões.
Como uma auto terapia tranquila, divertida, de “retratos e canções”.

Toda a roupa já está lavada.
Preciso ainda cuidar das plantas e limpar a varanda do quintal.
Já é uma da tarde e estou cheia de energia e fome.

Fazia dias que não me sentia tão bem.

Almocei e dormi um soninho gostoso.

No quintal ainda triste pela devastação das lagartas, o pimentão verde germinou, o tomate pera cresce e uma das orquídeas está criando pendão.

Deixei a varanda pra amanhã.

E o Ronaldinho?
Depois de quatro tentativas, ele e seu irmão, dois tontos metidos a espertos na minha opinião, conseguiram prisão domiciliar.
Vão ficar num hotel, no Paraguai, e a fiança foi de módicos R$8milhões!
Ponto pro Paraguai!

Por falar em dinheiro, ótima notícia.
O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto bloqueou o fundo eleitoral, mais de R$2 bilhões, e o partidário, R$959 milhões!
A AGU diz que vai recorrer, claro.
Parabéns ao juiz.
O dinheiro ficará a disposição para o combate a pandemia, muito mais premente.
Afinal é dinheiro público.
Afinal já passou da hora dessa mamata acabar ou ser menos acintosa.

De ontem pra hoje mais de 22 milhões de brasileiros se cadastraram pra receber os R$600.
Sem esquecer dos milhões que já estavam no cadastro único e no programa “bolsas”.

O governo federal autoriza, por MP, novos saques no FGTS. Extinguiu o PIS/PASEP e colocou o dinheiro no fundo.

Tem muitas pessoas passando necessidades  Brasil afora.
Inclusive aqui em Botucatu.
Procuro compartilhar  os excessos
que as vezes tenho por aqui.
Faça isso. É muito bom.

Lá fora, vida real, a pandemia contamina e mata.
Estamos todos iguais, impotentes e preocupados.
O isolamento social está sendo desrespeitado em vários lugares e isso é muito triste.
Cada pessoa pode contaminar outras três, mesmo estando assintomática.

Os números tristes continuam a crescer.
Hoje vou ignorá-los.

Uma linda coelha de Páscoa, irmã dos meus filhos, Isadora, veio trazer ovos de chocolate pra mim e pra mamãe.
Presentes do Lucas.
Só boas notícias e boas palavras.

Acumulando energia boa pra terminar mais esse dia.

Seja cidadão.
Seja bacana.
Honre os que estão lá fora fazendo por nós.
#fiqueemcasa

Seguimos.