Acordei com o céu branco, o dia bem mais fresquinho.

Ontem a noite já teve ventania e quase choveu, quase.
Encontrei meu amigo amado, Nilson Amaral.
Que gostoso, prosa boa e muitas risadas.

Bons dias, preguiça, fome.
Conversei com a mamãe e está tudo bem.
Hoje tenho missão da prima e vou fazer tudo pra dar certo.
Ontem Marina Lima completou 65 anos.
Sou louca por ela, desde sempre.
Linda, poderosa, de voz maravilhosa.
São muitas as suas músicas na trilha sonora da minha vida.

Hoje Paulo Freire completaria 99 anos.
E, por mais que a extrema direita queira apagá-lo da história contemporânea brasileira, seu trabalho em prol da educação, da liberdade e da igualdade não desaparecerá.
Ao contrário, Paulo Freire vive dentro de cada educador e de cada resistente a opressão.
“Acreditamos que a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.
Se a nossa opção é progressiva, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho se não viver a nossa opção.
Encarná-la, diminuindo, assim, a distância entre o que dizemos e o que fazemos.”
Paulo Freire
Hoje é o ano novo judeu.
Shana Tovah, queridas amigas Miriam Segre e Anny Zumerkorn e suas famílias.
5781, que seja do bem e do melhor.

Conversar com o Lucas na manhã, adoro.

Banho e parti.
Vários objetivos no centro, bem tranquila e feliz.

No ponto de ônibus, uma iniciativa boa.
No rádio, músicas dançantes.
Essa tem a versão pedida, mas voltei no tempo do ” rosto colado”, ahhhhh…era bom dimaaaiiiisss!

https://youtu.be/ikJony6h_tQ

A Amando estava estranhamente vazia e silenciosa.
Aumenta, dia a dia, o número de pessoas pedindo, cada uma com uma história.

Caminhei por toda General Telles.
Foi bem bacana, muitas memórias e emoções.

Tudo resolvido, missão cumprida.
Infelizmente saí sem a mochila.
O dia esquentou e fiquei com vontade de nadar.

Em casa.
Fome.
Macarrão com legumes.
Suco.
Preguiça.
Um bando de maritacas matraqueando na pitangueira do vizinho.
Não gostaram da minha presença, não posaram pra foto e voaram…

A semana foi muito interessante.
A emoção de terminar Cartas Lacradas e a alegria de começar Bouvard e Pécuchet, que já me encantou.
Encontar amigos, falar com os filhos, cozinhar, o rendimento nos treinos de natação, muitas músicas boas.
A parte chatinha é o que todos já sabem: pandemia, desgoverno, queimadas.

Já são 6 meses de observação e exposição escrita.
Esse caminho não tem mais volta.
Me sinto cada dia mais livre e feliz por isso.

Com a colaboração de Virgínia Salomão, com vocês Arthur Rimbaud…

“O Barco Bêbado
É necessário estar sempre bêbado. Tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentirdes o fardo horrível do tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem tréguas.
Mas – de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.               Contanto que vos embriagueis.
E, se algumas vezes, sobre os degraus de um palácio, sobre a verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder:
– É a hora da embriaguez! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar!
De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.”

Para reflexão.

Resistir, claro que sim!

Seguimos.