Céu azul exuberante.
Torta de palmito e café.
Bons dias bons.
Preguiça.
A energia boa do quintal renova.
Dia de música brega no rádio, adoroooo!
Rotinas rápidas, mochila e lanche.
Vou levar agradinho pra mamãe e, depois, vou treinar e aproveitar a sexta-feira de sol.
Vitamina D pra espantar o banzo.
Uma foto da Emilie, de quatro anos atrás, me deu um aperto no coração.
É muito triste não conviver com as minhas netas, ficar só no bom dia a distância.
Enfim, vida que segue.
Mamãe estava ótima e com muitos planos pra esse dezembro, que será emocionante e com a presença de queridos.
Na Ferrô.
Fiz o km de revezamento em 36 minutos.
Os pensamentos nas questões pertinentes as saudades.
” A amadurescência é a efervescência.”, disse Chico Buarque aos completar 60 anos.
As separações físicas são decorrentes do viver.
Cada um de nós segue seu caminho, faz suas escolhas.
Fica o amor.
Alegria é quando podemos estar juntos.
Então é cuidar pra não estragar esses momentos.
Lanchinho de figos e torta.
Duas horas de banho de sol.
É delicioso receber, todos os dias, o “Bom dia, querida!* do meu amado tio Gil.
Amanhã é aniversário dele e da sua filha mais velha, Natália.
Tio Gil é irmão do papai e nossa pequena diferença de idade, 3 anos apenas, sempre nos aproximou.
Posso afirmar que é o meu tio mais presente, o que presta atenção nas minhas escritas, o que torce por mim e por meus filhos, o que se preocupa com as minhas emoções.
Tio Gil é um carinho, um abraço, um conforto.
Também tem muito do meu avô Ismael, do meu pai e do tio Walter.
Te amo, tio!
E te desejo tudotudotudo de divino e maravilhoso, com muitas alegrias e bençãos pra você e sua família linda.
Gratidão pelo carinho.
Texto pra deleitar.
“Do novelo emaranhado da memória, da escuridão dos nós cegos, puxo um fio que me aparece solto.
Devagar o liberto, de medo que se desfaça entre os dedos.
É um fio longo, verde e azul, com cheiro de limos, e tem a macieza quente do lodo vivo.
É um rio.
Corre-me nas mãos, agora molhadas.
Toda a água me passa entre as palmas abertas, e de repente não sei se as águas nascem de mim, ou para mim fluem.
Continuo a puxar, não já memória apenas, mas o próprio corpo do rio.
Sobre a minha pele navegam barcos, e sou também os barcos e o céu que os cobre e os altos choupos que vagarosamente deslizam sobre a película luminosa dos olhos.
Nadam-me peixes no sangue e oscilam entre duas águas como os apelos imprecisos da memória.
Sinto a força dos braços e a vara que os prolonga.
Ao fundo do rio e de mim, desce como um lento e firme pulsar do coração.
Agora o céu está mais perto e mudou de cor.
É todo ele verde e sonoro porque de ramo em ramo acorda o canto das aves.
E quando num largo espaço o barco se detém, o meu corpo despido brilha debaixo do sol, entre o esplendor maior que acende a superfície das águas.
Aí se fundem numa só verdade as lembranças confusas da memória e o vulto subitamente anunciado do futuro.
Uma ave sem nome desce donde não sei e vai pousar calada sobre a proa rigorosa do barco.
Imóvel, espero que toda a água se banhe de azul e que as aves digam nos ramos por que são altos os choupos e rumorosas as suas folhas.
Então, corpo de barco e de rio na dimensão do homem, sigo adiante para o fulvo remanso que as espadas verticais circundam.
Aí, três palmos enterrarei a minha vara até à pedra viva.
Haverá o grande silêncio primordial quando as mãos se juntarem às mãos.
Depois saberei tudo.”
José Saramago
Em casa.
Piscina e sol igual fome.
Almoço bem gostoso.
Arroz, feijão, ovo frito com gema mole e salada de tomate.
Suco de laranja.
Meio da tarde.
Planos para o final de semana.
O compromisso mais importante é a manifestação por justiça para Mariana Ferrer na tarde de domingo.
O compromisso mais pessoal é manter a mente esperta, a espinha ereta e o coração tranquilo.
Para reflexão.
Resistir e não desistir.
Seguimos.