Dormi bem gostoso depois de muitas prosas e brincadeiras com os amigos pelo zap.

Acordei feliz, céu azul, fome, dia de ver a mamãe.

Paguei o iptu, apliquei na poupança.
A restituição veio pra me fazer progredir nos planos de viagem.

Ouvindo rádio, tomei café da manhã, tomei banho e saí.
Está calor e o dia está lindo.

Mamãe bem mais animada.
Dei um tratinho na casa, preparei uma canjinha bem gostosa, e fui fazer pagamentos e compras.

A Major Matheus estava bem tranquila. As pessoas com máscaras, as lojas em esquema drive thru, as filas bem organizadas e a GCM a postos, na praça.

Aí fui pra casa da bunita Inô.
Ela mora no Jardim Ouro Verde, um lindo lugar, com muita área verde e casas bacanas. O asfalto tá judiado.

Depilação total.
Estou com muita esperança de poder voltar a nadar na próxima semana.

Voltei pra casa de aplicativo.
Como usualmente ando de ônibus, de carro é uma surpresa a cada rua.
Casas demolidas, novas construções, novos comércios, muitas placas de aluga e vende-se.
A cidade não parou com a quarentena.
Mas, o que mais gosto, é ver a reconstrução na beira do Lavapés. Aquece a alma.


Muitas tristezas vieram com a pandemia.
Nem só as milhares de mortes, nem só as centenas de milhares de contaminados.

O que realmente me deixa puta, enlouquecida, é saber da corrupção na área da saúde.
Profissionais estão lutando por nós, estão afastados de suas famílias, estão trabalhando com EPIs não ideais, estão morrendo por Covid 19.

Enquanto isso, num desgoverno que não está nem aí com a doença e suas consequências, políticos acham caminhos pra depauperar ainda mais os recursos destinados a salvar vidas.

O número de crimes diminuiu.
A violência policial cresceu.

O desmatamento não para de aumentar.

Temos uma crise política por dia.
A inversão de valores, repetidos a cada pronunciamento, ataca a democracia.

Brasileiros não são bem vindos em vários países.
O Brasil é a piada mundial.

São esses assuntos que me deixam triste e com aquela sensação de impotência, de “fazer o que?” , que eu não gosto de sentir.

“…mas estou aqui em minha casa…”

E isso é muito bom.
É um privilégio. Que agradeço sempre.

Hoje foi dia de desenrolar as mangueiras e molhar bem o jardim e o quintal.
Faço assim apenas uma vez por semana pra evitar desperdício de água.
A seca está brava e, mesmo com a chuva do outro dia, já se prolonga há muito tempo.
No dia a dia, vou de regador.

É minha alegria, e meu orgulho pessoal, ver como um pouco de dedicação pode dar tanto prazer e frutos.
Recomendo.
Não tenha preguiça, não tenha pressa, apenas comece com um pequeno vaso. Vai rolar, acredite.

E a casa fica linda.
E a vida fica muito melhor.

A sensibilidade do coração materno.

O que me levou a ouvir Chico Science?
Exatamente a música que Diego e eu cantamos tanto nos 90’s?

E meu filhão me telefonou.
Conversamos muito e foi muito bom.
O que me move, me dá fortaleza, é saber que ele está bem, trabalhando muito e acreditando que tudo vai ficar bem e que o verão no Algarve vai bombar.

Lucas e eu conversamos ontem.

Meus filhos são meu alicerce.

Minha solitute não será nunca solidão porque posso dividir com eles minhas questões, assim como eles as suas.

Família é jóia preciosa.

Então, essa tarde não foi de tormenta.
Que bom!

E essa música é pra você, Diego.

Uma questão.
Muitas pessoas estão contra o decreto estadual e, consequentemente, o municipal.
Há que se ter todo o cuidado e responsabilidade pra que nós mesmos não causemos um recuo na flexibilização da quarentena.

Mas é o seguinte, vivas pra liberdade de escolha!

Quem não quiser ir pro buteco, pro clube, pra lojas, não vá.
E quem quiser ir, por favor, tenha precauções e respeite as regras.

Eu estou com muita vontade de ir pro Piritas e levar meu livro pra ler, com boa música, tomar cerveja e comer bacon
Também continuo aguardando o retorno da Ferrô sobre o uso da piscina.

Sexta-feira, coração esperançoso e acarinhado por meus filhos e por ter estado com a minha mãe.

Para reflexão.
“Ser livre é ser dono de si mesmo. Não é fazer tudo que vem à cabeça, mas libertar-se da sujeição às aflições que dominam a mente e a obscurecem. É tomar as rédeas de sua vida, em vez de entregá-la as tendências forjadas pelo hábito e à confusão mental. Não é largar o leme, deixar as velas flutuarem ao vento e o barco partir à deriva, mas, ao contrário, colocá-lo na direção escolhida: aquela que consideramos como a mais desejável para nós e para os outros.”
Matthieu Ricardi

Resistiremos.

Seguimos.