Segunda-feira.
Acordar é sempre muito bom.
Manhã bunita, rua vazia.
Tudo em paz.

Começa a hilária e também feia loucura das notícias.

A “carreata” dos tais empresários contava 26 carros, filmados, contra os supostos “200”: fanfarronice como as ameaças vazias.
Em tempos de decretos e tals há que obedecer.
Estavam ilegais.
Assim como um templo que desobedeceu, na Villa São Luiz.

E também desobedeceu o eleito, ontem.
E foi criticado, muito!, por aqui e por muitos, em muitos lugares.
Fantasioso, brincalhão, cínico e cego com relação a pandemia.
Um tolo. Vergonhoso.
São algumas definições do comportamento desastroso dele feitas por lideranças mundiais.
Levou até passa-muleque do Twitter tendo suas postagens, exibicionistas, censuradas.
Seu empenho pelo final do confinamento tem tirado o pouco apoio que ele ainda mantinha.

Mandetta e equipe continuam a defender o ministério que representam.
E o isolamento social.
Se não gosta, dispensa.
E se vira.
Recado claro.

Até o ministro da economia e os militares cederam a nova ordem mundial: preservar vidas!

Entre famosos e meio famosos, disputinhas pessoais tem reunido doações muito importantes pro SUS.
Continuem a guerrinha de egos, queridos.

O Procon está atento ao aumento abusivo em farmácias e supermercados. Já são milhares de denúncias.
Muuuuiiiitoooo feio.

Enquanto isso, notícia boa, a colônia de pescadores do Porto Said conquistou 50 casas. Finalmente.

Música boa e pintura preencheram a manhã.
Entremeando tudo, boas conversas pelo whatsapp e telefone.
Tudo bem com os queridos, eba.

Muitos amigos estão isolados com seus idosos. Manter o bom humor e, aproveitando a ocasião, a família fica fortalecida. O que eleva a sanidade e a imunidade.

A criatividade solidária está bacana de ver.

A pessoa inventou um “kit limpeza”:
2 garrafinhas pet, uma com água e a outra com detergente pros catadores de recicláveis das ruas do Rio de janeiro.

Muitas outras estão fazendo compras, cozinhando e até fazendo limpeza em casas de idosos solitários.

Shows e esportes nas varandas dos prédios estão disseminados.
Eu moro numa casa mas tenho um vizinho caprichoso que deu um trato na nossa calçada.  E o filho, meu querido, toca um violão delicioso nos fins de tarde.

Vamos conseguir, sim!

Segundo o comandante da PM de Botucatu, o número de ocorrências caiu muito assim como o número de veículos entrando em nossa cidade sem motivo.

São boas notícias diante das tristezas.

Porque o número de óbitos não para de crescer.
Sem falar na mais que possível sub-notificação, por conta do atraso nos resultados dos milhares de exames de contaminação pelo corona vírus.

O instituto Adolpho Lutz precisa de recursos humanos urgente. Ou, então, precisa descentralizar essa tarefa.

Pela transparência.

Que também tem faltado por aqui.

Desde o fim da divulgação de casos suspeitos, há dias atrás, Botucatu continua parado no 50.
Os óbitos confirmados ontem, uma paciente daqui e outra de Arandu, colocaram a cidade nessa estatística triste.
Os casos curados, informação que ajudaria a levantar o astral, não são divulgados.
Por que?

A coletiva do ministério da saúde de hoje teve outros ministros de governo.
O ministro da casa civil abriu, informando o novo formato.
O da infraestrutura garantiu o abastecimento e o suporte ao transporte. De material necessário ao atendimento de pacientes. Do abastecimento.
Onix, da cidadania, reforçou que os “bolsas”, “CRAS” e outros apoios continuarão acontecendo com aumento de pessoas beneficiadas.
(Vale lembrar que foi a grita popular que impediu o desgoverno de acabar com esse programa.)
A AGU também esteve. Pra falar sobre impacto jurídico das medidas.
O ministro da defesa falou das ações logísticas das forças armadas.
Depois de todo o blá blá blá, Mandetta.
As demandas são muitas pra um único ministério.
E os números vieram.
4579 casos confirmados.
159 óbitos.

Então já estou com saudades da vida anterior.
Então já estou convencida que ela não voltará igual.

O que espero é que seja melhor.
E que tudo isso que é tãotão triste, acabe.

#fiqueemcasa
Por favor.

Seguimos.