A GCM e a Delegacia da Mulher não param de registrar casos de violência doméstica em Botucatu. São casos de agressões motivadas por bebida, atentado sexual e até pedofilia, sem dizer maus tratos a idosos e deficientes.
O programa de proteção “Patrulha Maria da Penha” da GCM de Botucatu, recentemente criado e que já atendeu mais de 200 pessoas em 40 dias. Esse programa foi criado para ampliar a segurança das vitimas contra os agressores.
“O programa Patrulha da Maria da Penha é acionado após o registro da ocorrência policial. Procuramos a vitima e estabelecemos através de uma entrevista, formas de protegê-la, seja na saída do trabalho, na residência, na escola, enfim, onde a pessoa estiver e houver necessidade de manter o agressor distante”, explicaram os Agentes da GCM Belo e Cintia, que atuam nesse setor.
Os agentes do Patrulha Maria da Penha informaram que esse trabalho também é feito para evitar aproximação de agressor, conforme determinação judicial.
“Muitas vezes o agressor descumpre a determinação judicial colocando novamente a mulher e a família em risco de violência familiar. Nesse caso também estamos aptos a agir”.
Os agentes da Patrulha Maria da Penha relataram em entrevista na Clube FM, que no momento 11 mulheres estão com medidas protetivas judiciais e incluídas no programa nesse programa inovador na região, criado após entendimento do Conselho Municipal de Defesa da Mulher e GCM. Além da GCM e Delegacia da Mulher, o projeto tem ainda o envolvimento dos CREAS – Centro de Referencia Especializado em Assistencia Social.
“Nós estamos sempre acompanhando essas vítimas de violência para evitarmos a repetição de agressões e, sobretudo, permitir mais segurança à pessoa que está fragilizada”, afirmou o agente Belo. “A outra parte do trabalho é conduzida por assistentes sociais dos CREAS, que fazem acompanhamento social, psicológico e procura estimular a mulher a sair dessa crise”.
Muitas vezes as medidas protetivas da GCM e CREAS são ampliadas com outros programas para atender filhos e outros parentes quando há situações conhecidas como crise parental, ou seja, o pai ou responsável passa a assediar a criança (filho do casal) para defender o retorno ao lar do agressor, ou mesmo enviando recados agressivos para a mulher vitima de violência.

PROGRAMA TAMBÉM AJUDA AGRESSOR

 

O projeto “Patrulha Maria da Penha” da GCM não faz apenas a proteção da vitimas de violência, mas também, em conjunto com as Secretarias de Assistencia Social e de Saúde, oferecem assistência psiquiátrica e psicológica para as vitimas e também para o agressor, quando este se interessa pelo tratamento e quer resgatar seus vínculos familiares.
“Temos esse serviço, mas nem sempre os agressores aceitam o tratamento. Existe um grupo de trabalho no CREAS da Rua Silva Jardim (perto de Diretoria de Ensino), onde temos assistentes sociais e psicólogos disponíveis para ajudar a vitima de violência”, destacou Cintia.
Apesar do tratamento psicológico ser oferecido aos homens agressores não existe no momento nenhum cidadão passando pelo serviço clínico.

 

(com Radio Clube FM e jornal Leia Noticias)